As investigações acerca da morte do adolescente de apenas 13 anos, assassinado no Morro do Romão, em janeiro, acaba de ganhar um novo capítulo. De acordo com a polícia, o suspeito, que foi detido na tarde do último sábado (27), cometeu o crime por vingança contra um outro homicídio, ocorrido dias antes.
O crime que resultou na morte do adolescente aconteceu no dia 12 de janeiro, durante uma troca de tiros entre criminosos da região. O suspeito de 36 anos foi detido após o cumprimento de um mandado de prisão temporária, expedido pela 1ª Vara Criminal de Vitória, pelo crime de homicídio qualificado.
A prisão do suspeito aconteceu enquanto ele passava de carro pela avenida Vitória, no sentido Jucutuquara, na capital. O veículo foi abordado por agentes da Guarda Municipal que faziam uma ação de patrulhamento na região.
“A principal linha de investigação é que esse jovem foi assassinado por vingança, já que o capturado teve o sobrinho assassinado no dia 9 de janeiro por indivíduos moradores do Morro do Romão”, explicou o delegado Marcelo Cavalcanti.
A polícia informou que, no mesmo dia em que o adolescente foi assassinado, um policial militar sofreu uma tentativa de homicídio, durante uma operação no Morro do Romão, em Vitória. O policial foi vítima de uma armadilha colocada por criminosos em uma área de mata. O suspeito de preparar a armadilha foi identificado e preso no dia 5 de fevereiro.
O delegado explica que os dois assassinatos ocorridos neste ano, na região do Morro do Romão, foram motivados pela disputa entre grupos criminosos rivais.
“Existe hoje um confronto armado entre integrantes de facções rivais, entre o Morro do Cruzamento e o Morro do Romão, e neste ano teve esse homicídio, dia 9, e, em vingança, o detido foi lá e assassinou esse adolescente que não tinha nada a ver com o crime. Foi assassinado por vingança. O primeiro que ele visse ele mataria”, disse o delegado.
Para que o serviço de segurança aconteça com ainda mais eficiência, a polícia pede ajuda da população para denúncias de situações ilícitas. “As forças policiais estão na rua, a população não hesite em procurar. Existe um canal seguro, que é resguardado o anonimato, o 181, e a população pode contribuir”, lembrou.
* Com informações da repórter Bianca Vailant, da TV Vitória/Record TV.