O suspeito de matar e esconder o corpo da capixaba Thayane Milla Mendes, de 21 anos, e das irmãs mineiras Michelle Santana Ferreira, de 28 anos, e Lidiana Neves Santana, de 16 anos, em Portugal, foi indiciado pela Polícia Federal de Minas Gerais.
As três brasileiras foram encontradas mortas no dia 26 de agosto do ano passado, dentro de uma fossa séptica, localizada no interior de um hotel para cães e gatos, na vila de Tires, em Cascais.
De acordo com o portal R7, Dinai Alves Gomes foi indiciado por três homicídios triplamente qualificados, roubo, tripla ocultação de cadáveres e invasão de dispositivos informáticos. A somatória de penas pode ultrapassar 100 anos de prisão.
No dia 5 de setembro, Dinai foi preso em Belo Horizonte, em cumprimento a um mandado de prisão temporária. No entanto, com o desdobramento das investigações, a prisão temporária foi convertida em preventiva. O inquérito do caso foi remetido ao juízo da 11ª Vara Federal da Seção Judiciária de Minas Gerais, para apreciação.
As irmãs Michele e Lidiana, da cidade de Campanário, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, e Thayane, que é de Nova Venécia, no norte do Espírito Santo, estavam desaparecidas desde fevereiro do ano passado. Na época, familiares tentaram contatos, mas os celulares das vítimas estavam desligados e as contas do Facebook de ambas haviam sido apagadas.
De acordo com a família das irmãs mineiras, Gomes tinha um relacionamento com Michele Santana, que estava grávida. Segundo a polícia, o estabelecimento onde os cadáveres foi encontrado seria local de trabalho e de moradia do indiciado, que trabalhou lá por cerca de oito anos.
O suspeito morava com as três vítimas em Portugal e teria voltado para Minas Gerais sozinho, logo após a notícia sobre o desaparecimento das jovens. Ao retornar, ele teria informado aos familiares das vítimas e à polícia que as três haviam viajado para Londres e que, inclusive, Michelle teria abandonado seu emprego – a jovem trabalhava há nove anos como doméstica em Lisboa. A família e a Polícia sempre desconfiaram desta versão, até porque não existe qualquer registo de saída das jovens do território português, nem da sua entrada no Reino Unido.
Com informações do portal R7