Polícia

Suspeito de matar comerciante chinês em julho é preso na Serra

Homem é apontado como autor dos disparos que mataram o comerciante e integrava quadrilha especializada em sequestro-relâmpago

Foto: Câmera de videomonitoramento/Divulgação/Sesp

Daniel Jokta de Oliveira, de 20 anos, apontado como autor dos disparos que mataram o comerciante chinês Weiming Li, em 10 de julho, foi preso na tarde desta segunda-feira (13), no bairro Jardim Carapina, na Serra. Ele estava foragido desde o dia do crime. 

A prisão aconteceu por meio de informações repassadas à Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, de que o suspeito estaria morando na residência e se preparando para sair do imóvel. 

Um cerco foi montado pela Polícia Civil em torno do imóvel. Ao notar a presença dos policiais, o suspeito tentou fugir por uma das janelas da casa, mas acabou detido pela equipe. 

Daniel foi levado à sede da DHPP da Serra para realizar os procedimentos legais. Logo depois, foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV). 

O suspeito é irmão gêmeo de outro envolvido no assassinato do comerciante, Carlos Jokta de Oliveira, que já está preso, junto com o motorista de fuga quadrilha, Davi Santos Ribas e de José Carlos Souza. Yonan Bonfim Santana, apontado como mentor intelectual do crime, é o único que segue foragido. 

De acordo com a Polícia Civil, os criminosos integravam uma quadrilha especializada em sequestros-relâmpago na Bahia, a intenção dos criminosos seria sequestrar o comerciante. O inquérito do caso foi concluído em 9 de outubro.

Câmera de segurança filmou o crime:

Imagens de câmeras de segurança da região registraram o momento em que o comerciante foi baleado. Elas mostram o carro de Weiming Li estacionado em uma rua do bairro.

Logo atrás, também estacionado, está um carro branco. Dentro dele estavam o motorista e outras duas pessoas. Um quarto rapaz estava do lado de fora.

Assim que o comerciante se aproxima do carro, ele é rendido por dois rapazes, que saem do banco traseiro do veículo branco, e por outro que aguardava do lado de fora.

Os criminosos pegaram o celular e a carteira do comerciante e, antes da fuga, atiraram no homem. Em seguida, os três homens entram no carro branco e o grupo foge.

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Testemunhas acionaram a polícia. Quando os militares chegaram, perceberam a gravidade do quadro do homem, que havia sido baleado no abdômen.

O comerciante foi levado imediatamente para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

O que chama atenção no caso é que os criminosos ficaram aguardando a vítima. Segundo a polícia, eles permaneceram cerca de 30 minutos no local. Outras pessoas chegaram a passar na rua, mas não foram abordadas.

Comerciante teve R$ 600 mil roubados de conta bancária depois de morto

A investigação apontou que o comerciante teve cerca de R$ 600 mil roubados de sua conta depois de morto por um hacker e por uma gerente do banco onde o dinheiro estava investido. Para cometer o crime, até o limite diário de transações bancárias foi aumentado.

O mentor intelectual do crime seria um hacker de 28 anos, que teve acesso ao nome do comerciante por meio de pesquisas realizadas por meio da deep web, dias após o assassinato.

De acordo com o delegado Gabriel Monteiro, chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), o hacker teve acesso às informações da vítima por meio de pesquisas em certidões de óbito, utilizando o CPF do próprio comerciante para ter acesso à conta bancária. 

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