A Polícia Civil do Espírito Santo deu mais detalhes, na tarde desta segunda-feira (19), sobre a prisão do homem suspeito de tentar matar, com golpes de faca, a ex-namorada, de 29 anos, no dia 14 de abril deste ano, em Nova Carapina l, na Serra. Charles David da Silva, 41 anos, foi preso na última quinta-feira (15) por policiais da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), com o apoio da Polícia Civil de São Paulo.
De acordo com a titular da DHPM, delegada Raffaela Almeida, o suspeito foi localizado em um bar na capital paulista e ainda tentou reagir à abordagem policial. Um vídeo gravado por policiais civis que participaram da ação registrou o momento exato da prisão.
“Os policiais da DHPM foram para São Paulo e tiveram o apoio da Polícia Civil de São Paulo. Foram efetuando levantamentos e conseguiram, na Vila Aricanduva, na cidade de São Paulo, capital, prendê-lo num bar. Ele se manteve calado e falou que iria manifestar seu direito constitucional de prestar declaração em juízo. Só que, com o vídeo que a gente tem da prisão dele, você percebe que, no momento que ele recebe a voz de prisão, ele ainda tentou reagir, mas foi contido com a força proporcional”, ressaltou a delegada.
Segundo as investigações, no dia do crime a vítima chegava em casa, acompanhada do filho de 8 anos, quando o suspeito se aproximou e começou a bater nela. A mulher também foi atingida por vários golpes de faca, que teriam sido efetuados pelo ex-companheiro. Toda a ação, segundo a polícia, foi presenciada pela criança.
“Na hora que ela saiu do carro, ele já a puxou, começou a espancá-la e a jogou dentro da garagem. Nisso, ele começou a esfaqueá-la e só cessou aquela agressão quando um vizinho interveio e aí ele teve que fugir”, contou Raffaela Almeida.
De acordo com a delegada, o suspeito também fez ameaças contra a vítima. “No momento da fuga, ele ainda a ameaçou. Falou que se ela permanecesse viva, ele voltaria para terminar o ‘serviço’ e matá-la”, completou.
Charles David foi indiciado por tentativa de homicídio duplamente qualificado. Segundo a delegada, por ter cometido o crime na frente do filho da vítima, ele terá a pena agravada. “[Homicídio foi qualificado] por a vítima ter impossibilidade de defesa e pelo feminicídio. E tem a causa de aumento, porque [o crime] foi praticado na presença do filho dela”, frisou.