Polícia

Suspeitos de estelionato são presos tentando tirar passaporte em Cachoeiro de Itapemirim

A dupla foi autuada pela Polícia Federal por falsificação de documento público, uso de documentos falsos, falsidade ideológica, estelionato e crimes tributários

Os documentos falsos foram encontrados com as vítimas Foto: Divulgação/PF

Dois supostos estelionatários foram presos na última quinta-feira (25), em Cachoeiro de Itapemirim. De acordo com a Polícia Federal, os suspeitos tiravam passaportes usando documentos de identidade falsos. 

Ainda segundo a polícia, os acusados apresentaram duas carteiras de identidade com os nomes falsos em um posto do Sine de Cariacica para retirarem duas carteiras de trabalho. Com a carteira de trabalho, um dos envolvidos fez um pedido de passaporte na delegacia da Polícia Federal de Cachoeiro de Itapemirim.

A polícia contou que quando ele foi buscar o documento de viagem, foi abordado pelos policiais federais que, após investigarem, comprovaram a fraude. Um comparsa estava a espera do amigo preso dentro de um automóvel estacionado na rua próxima à delegacia. Ao ser identificado pelos policiais, foi descoberto que ele também havia requerido o passaporte do mesmo modo. 

Após as prisões, foram descobertas novas fraudes, que de acordo com a polícia, praticadas pela dupla, como abertura de empresas e contas bancárias com nomes falsos. O veículo usado pelos detidos também era objeto de fraude, tendo sido adquirido através do golpe conhecido como “pokémom”. Foram apreendidos documentos, cheques em branco, cartões bancários, duas carteiras de trabalho falsas, um passaporte falso e o veiculo usado pelos presos. 

Dentre os documentos apreendidos havia ainda uma correspondência em inglês de uma empresa sediada no exterior, convidando os estelionatários a visitá-las, e duas cópias de títulos de obrigações ao portador emitidas pela Eletrobrás, em decorrência de empréstimo compulsório da época em que a moeda era o Cruzado Novo. 

Segundo um dos presos, os títulos seriam usados para realizar compensações de dívidas com a União e os passaportes seriam necessários em razão de uma operação de empréstimo no exterior, através de uma empresa offshore. 

Os presos foram levados para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Viana, onde ficarão à disposição da Justiça Federal. Eles foram autuados por falsificação de documento público, uso de documentos falsos, falsidade ideológica, estelionato e crimes tributários. Se comprovados, as penas podem somar mais de 40 anos de prisão.