Três dos sete inquéritos sobre os ônibus que foram incendiados durante a paralisação dos Policiais Militares, no Espírito Santo, foram concluídos pela polícia. Alguns suspeitos já foram identificados.
Um dos que foi reconhecido é Ednaldo dos Santos, de 37 anos. Ele é considerado um foragido da Justiça e foi apontado como o autor do incêndio a um coletivo da linha 588, no bairro Vila Isabel, em Cariacica, no dia 17 de fevereiro. Ele foi identificado por testemunhas e, segundo a polícia, já tem passagem pelo mesmo crime.
“Recebemos denúncias através do 181, conseguimos identificar e qualificar o Ednaldo, representamos pela prisão preventiva dele, que foi decretada, e estamos agora em diligência para prendê-lo. Ele já cometeu esse crime em agosto do ano passado, além de ter passagem por homicídio e roubo”, disse o delegado Fabiano Rosa.
Outro caso investigado pela polícia, e que já teve os suspeitos identificados, aconteceu no bairro Coqueiral de Aracruz, no dia 18 de fevereiro. Segundo o delegado, o crime foi cometido por dois jovens, de 18 e 21 anos, que tinham acabado de sair de uma festa.
“A motivação desse crime foi simplesmente algazarra devido ao caos que se instalou naquele período na segurança pública. Mas na crença de que os fatos pudessem passar impunes, mas a Polícia Civil se esforçou”, contou o delegado Leandro Sperandio.
O único crime que, até o momento, a Polícia Civil identificou ligação com o tráfico de drogas aconteceu no bairro São Torquato, em Vila Velha. O caso aconteceu no último dia 13, quando cinco adolescentes cercaram um coletivo e atearam fogo. De acordo com a polícia, os suspeitos fizeram isso para atrair as forças de segurança para o Morro da Boa Vista, de onde eles foram expulsos por outros traficantes.
“A motivação foi pela guerra territorial pelo controle do tráfico de drogas. Esses menores são atuantes no tráfico de drogas do Morro da Boa Vista, foram expulsos por outros e aproveitaram a situação e atearam fogo no ônibus com o objetivo de atrair as forças de segurança pública que estavam no local e com isso expulsar os que haviam os expulsado e retomar o território”, explicou o delegado Eduardo Khadour.
Ao todo foram sete ocorrências sobre incêndios a coletivos no mês de fevereiro. Em três deles a polícia já identificou os principais suspeitos. Nos demais casos, detalhes das investigações não poderão ser passadas para não atrapalhar os trabalhos.