Polícia

Suspeitos de matar empresário em Vila Velha respondem por 4 latrocínios em MG

A investigação do caso foi concluída nesta quarta-feira (1º) e contou com uma operação conjunta das polícias do Espírito Santo e Minas Gerais

Foto: Divulgação/Sesp

Os três suspeitos de assassinar o empresário Edmilson Rodrigues da Silva, de 64 anos, em Cobilândia, Vila Velha, em março deste ano, são responsáveis por pelo menos outros quatro latrocínios (roubo seguido de morte) em Minas Gerais, aponta a Polícia Civil. 

De acordo com a PC, Diego Costa Ferreira, de 33 anos, Marcos Vinícius Xavier, de 42 e Arlan Rodrigues Ferreira, de 46, já cometeram crimes semelhantes nas zonas rurais da Grande Belo Horizonte. 

Arlan, conhecido como Rato foi o último dos três suspeitos a ser preso, em 6 de outubro, em uma zona rural de Betim, na Grande Belo Horizonte, em Minas Gerais. Ele é irmão de Diego Costa Ferreira, apontando como mentor intelectual do crime. 

Já os outros dois suspeitos foram presos em 31 de março, Diego, no bairro Aribiri, em Vila Velha e Marcos Vinícius, em Belo Horizonte. 

A investigação do caso foi concluída nesta quarta-feira (1º) e contou com uma operação conjunta da Divisão Especializada de Furto e Roubo de Veículos (DFRV) da Polícia Civil do Espírito Santo, com a Polícia Civil de Minas Gerais.

“É uma quadrilha muito violenta. Dois dos três suspeitos respondem por diversos homicídios em Minas Gerais. O terceiro, Arlan, também responde por quatro homicídios na região metropolitana de Minas Gerais, então são pessoas extremamente perigosas”, relatou o titular da da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), delegado Luiz Gustavo Ximenes.

>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe do nosso grupo no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!

Empresário foi morto na frente da esposa

Foto: Acervo pessoal

Edmilson foi assassinado com um tiro

O crime aconteceu no dia 6 de março deste ano, em Cobilândia, Vila Velha. Na ocasião do crime, um casal foi rendido pelos criminosos quando chegavam em uma empresa para trabalhar. O empresário, de 64 anos, foi baleado durante um assalto e morreu. A esposa dele, de 61 anos, foi amarrada em uma cadeira.

No dia do crime, a mulher estava dentro da transportadora do casal quando um dos criminosos abordou a idosa. 

Edmilson foi assassinado com um tiro na frente da esposa. Antes de fugir, os suspeitos levaram o carro da vítima, além de diversos aparelhos celulares. O veículo foi abandonado a 300 metros da casa de Diego Ferreira. Os celulares, segundo a PC, foram vendidos. 

Suspeitos trabalharam com a vítima

 A vítima e teria empregado Diego, mandante do crime, em sua empresa, onde ficou até dezembro de 2022. Já Marcos, teria trabalhado durante dois dias na mesma semana do crime. 

Para se apresentar aos então patrões, Marcos Vinícius teria utilizado um nome falso. “Marcos Thayrone”, de acordo com  o delegado Luiz Gustavo Ximenes. 

“A gente fez todos os levantamentos e relatório de local de crime pelo Departamento de Homicídio de Proteção à Pessoa a gente através das câmeras de vídeo monitoramento conseguiu identificar o Diego e o Marcos. No local do crime, vimos uma nota destinada `à Marcos Thayrone”, contou o delegado. 

Ainda de acordo com o delegado, a morte do empresário teria sido motivada justamente por ele ter reconhecido o suspeito. Durante o assalto, Diego teria se dirigido ao comparsa e dito “Calma, Thayrone”.

Segundo o delegado, o nome era utilizado pelo suspeito por não ter passagem no Espírito Santo, mas por meio de análise pericial, chegaram a uma queixa realizada contra o acusado por meio da Lei Maria da Penha, em Minas Gerais, em que o nome “Marcos Thayrone” era citado. 

Ainda segundo o delegado, os suspeitos tentaram extorquir a esposa do empresário para que realizasse uma transferência via pix, mas as transações não foram concluídas. 

Leia Também: Universitárias são detidas em Vitória em operação contra o tráfico de drogas no Norte do ES