Polícia

Suspeitos de matar motorista de aplicativo queriam dinheiro para curtir festa

Três adolescentes foram apreendidos e quatro homens foram presos pela polícia

Foto: Reprodução
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Os quatro suspeitos que foram presos por participarem da morte do motorista de aplicativo, em Cariacica, no dia 7 de junho, além de três adolescentes apreendidos, queriam dinheiro para curtir uma festa, segundo informações passadas ela polícia

Os detidos vão responder por cinco crimes diferentes: latrocínio consumado, fraude processual, ocultação de cadáver, incêndio e corrupção de menores. “A intenção deles, na verdade, era roubar o carro, os pertences da vítima e matar ela para que não procurasse a polícia. Se os militares  começassem a procurar o veículo, frustraria o plano deles, já que eles queriam vender o veículo e arrecadar esse dinheiro para participar da festa”, disse o delegado João Paulo Pinto.

Aldo Souza dos Reis, de 32 anos, foi torturado até a morte. Um dos presos foi Jaimerson Santos da Costa, de 24 anos, detido nesta quarta-feira, pela Polícia Rodoviária Federal em Tocantins. Ele estava dentro de um ônibus, fugindo com a esposa e a filha.

“Nosso setor de inteligência atuou novamente, então a gente diligenciou, junto à todas as empresas de transporte interestaduais, tanto aéreos quanto terrestres, e conseguimos localizá-los no interior do ônibus que já estava chegando ao Tocantins. A gente contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, que abordou o coletivo e efetuou a prisão”, explicou o delegado.

Além de Jaimerson da Costa e dos três adolescentes apreendidos, foram presos Rodrigo Marcos Soares, de 19 anos, Everson Silva Gomes, de 21 anos, e Wagner Schmidt, de 28 anos. Esses foram encontrados em Cariacica e Vila Velha, pelas equipes da Divisão Especializada de Furtos e Roubos de Veículos, juntamente com outras delegacias da Polícia Civil. Dos sete envolvidos no crime, três são parentes.

“Para planejar o crime, eles utilizaram três adolescentes que ficaram responsáveis de acionar o motorista via aplicativo, e direcionar o caminho que ele deveria seguir até o ponto de parada. Os outros quatro estavam aguardando numa área de mata, e no momento que ele (Aldo) desceu (do carro) para abrir o porta-malas e buscar uma mala que uma adolescente já havia colocado justamente para ele descer. Ele foi rendido pelos elementos, amarrado, colocado no interior do veículo e eles saíram para executar o crime”, contou João Paulo Pinto.

Foto: Montagem / Divulgação

O motorista de aplicativo foi morto com golpes de madeira, no bairro Vista Linda, em Cariacica. O corpo estava enterrado e só foi encontrado oito dias depois, em uma estrada do bairro Morada de Betânia, em Viana.

“Há sinais de tortura. A ideia deles é que a gente não iria conseguir identificar a vítima por conta disso. Não foram inteligentes nesse ponto, e agora estamos aguardando o resultado do laudo cadavérico para saber a extensão dessas torturas que ele sofreu”, revelou o delegado.

Segundo a investigação, os criminosos desenterraram o corpo de Aldo e jogaram na estrada a mando da chefia do tráfico de drogas na região, que estava incomodada com a presença da polícia. Após o assassinato, os suspeitos roubaram pertences da vítima e colocaram fogo no carro antes de conseguir vender, também por orientação dos traficantes.

Com informações da repórter Rafaela Freitas, da TV Vitória / Record TV!