O pedreiro José Luiz Lemos, de 43 anos, foi o terceiro suspeito de participação ao assalto ao Convento da Penha, em Vila Velha, preso. Ele é irmão do Francisco Lemos, outro acusado que foi preso na última segunda-feira (6). A polícia considera que pelo menos mais dois homens estejam foragidos, que seriam os que cometeram o crime de fato.
Segundo o delegado Marcelo Nolasco, o pedreiro esteve horas antes do crime no Convento para fazer um ensaio da fuga. “Essa pessoa presa hoje também esteve horas antes no Convento, junto com o executor, para fazer o ensaio do crime. Eles treinaram a rota de fuga. Nós já sabíamos desde a segunda-feira que ele estava envolvido. Com base nessas informações foi levantado que ele efetuou vários gastos a partir do momento do roubo”, afirmou.
Durante as investigações, a polícia chegou a conversas dele, através de áudios feitos através de um aplicativo, com a ex-mulher. Ele estaria tratando com ela o pagamento de pensões que estavam atrasadas.
“Uma pessoa que estava devendo pensão alimentícia para os filhos há meses, no dia seguinte ao crime pagou R$ 1500 para a ex-mulher, no outro dia mais R$ 650 e pelo que sabemos, deu de presente R$ 1 mil para a mãe e gastou dinheiro no Carnaval. São atitudes muito suspeitas e ele não tem como confirmar a origem desse dinheiro e ele alega que teria muito dinheiro guardado em casa, o que é difícil de acreditar”, disse Nolasco.
O crime aconteceu no dia 13 de fevereiro, no final da tarde, logo após uma missa. O frei Pedro Engel, de 80 anos, estava a caminho do escritório do para contar o dinheiro das ofertas do dia, quando foi rendido pelos assaltantes. O frei foi agredido e sofreu diversos ferimentos no rosto e nos braços.