Polícia

Trio é condenado por aplicar “Boa Noite Cinderela” e matar empresário de Vila Velha

De acordo com a sentença, Lídio Pereira Neto, Juliana e Josilene Gomes da Silva agiam em bares, dopando as vítimas com álcool e uma substância sedativa, para roubar seus pertences

Justiça condenou trio que aplicou golpe em empresário, que acabou morto Foto: ​Divulgação

A Justiça condenou três pessoas de um grupo criminoso acusado de matar um empresário e dopar e roubar mais duas pessoas em Vila Velha. Os crimes aconteceram em abril de 2014.

De acordo com a sentença, Lídio Pereira Neto, Juliana e Josilene Gomes da Silva agiam em bares, dopando as vítimas com álcool e uma substância sedativa, para roubar seus pertences, num golpe conhecido como “boa noite cinderela”. Em uma das ações do grupo, um empresário acabou morrendo em razão do consumo das drogas. 

No total, Lídio foi condenado a 32 anos e dois meses de reclusão. Juliana a 26 anos e três meses de reclusão e Josilene 33 anos e 11 meses de reclusão. No processo, o juiz analisou denúncia do Ministério Público Estadual contra os três réus, acusados de cometer os crimes. 

Uma das vítimas era amigo do empresário e o acompanhava no dia de sua morte e também foi drogado pelos acusados, que roubaram seu cartão de crédito, R$ 130, a chave de seu comércio e de sua residência e seu celular. Em outra ocasião, os réus ministraram o mesmo medicamento na bebida de outra vítima, roubaram diversos pertences e ainda fizeram várias compras em seu cartão de débito no valor de R$ 1,4 mil. 

Com relação ao crime que vitimou o empresário, o magistrado declarou em sua sentença que os acusados cometeram o crime para conseguir lucro fácil, e “as consequências do mesmo são gravíssimas e irreparáveis, eis que a vítima, após dopada, veio a óbito, tratando-se de um trabalhador, chefe de família, delito, aliás, que gerou grande comoção social”, concluiu o juiz.

De acordo com a sentença, os acusados deverão cumprir suas penas em regime inicialmente fechado. O juiz negou aos réus o direito de apelar em liberdade, já que eles já se encontram reclusos.