Há quase um ano da morte de Janiele das Neves, de 24 anos, o homem apontado como autor do crime continua solto. O suspeito é o confeiteiro Edgar Barreto, ex-cunhado da vítima. De acordo com testemunhas, ele teria matado a jovem para se vingar da ex-namorada, que era irmã de Janiele.
O assassinato aconteceu no dia 30 de agosto de 2015, na Serra. Segundo a mãe, não há como mensurar a tristeza e a saudade. Ela disse que é muito difícil esquecer o dia do crime, pois a família se preparava para uma confraternização. “Eu tinha acabado de fazer o almoço, pois a gente se reunia todo domingo para almoçar. Nós nem almoçamos, pois fomos recebidos com essa informação”, contou.
Janiele havia ido almoçar na casa da sogra no dia do crime. As marcas dos disparos ainda permanecem na porta da residência onde a jovem foi morta. Desde o dia do crime, a mãe da vítima se questiona. “Por que tanto ódio?”, diz.
O assassino chegou à residência usando uma farda, mas ele não é policial. A motivação do assassinato seria vingança. Inconformado com o fim do relacionamento, ele teria arquitetado um plano, que seria matar familiares da ex para vê-la sofrer. Para a jovem, que há um ano convive com a ausência da irmã, o que por cinco anos era amor, se transformou em outros sentimentos. “É revolta, medo, insegurança, desacreditar nas pessoas”, destacou.
Edgar continua solto. Ele está na lista dos dez criminosos mais procurados do Estado. E um ano depois do assassinato, continua assustando a família da ex-namorada. “Muitas pessoas veem e nos pedem para tomarmos muito cuidado, pois sempre tem uma moto parada na frente da minha casa, é um táxi, um carro, pessoas estranhas andando de noite, de madrugada. Ele também sempre arruma um jeito de nos colocar medo com mensagens pela internet ou pela família mesmo”, disse a ex-namorada.
A funcionária pública acredita na Justiça e em dias de paz. “Nós sabemos que temos todo o apoio e dedicação das autoridades, mas sabemos também como o nosso país é. Mas eu ainda acredito que a justiça vai ser feita”, destacou.
A Polícia Civil informou que o caso continua sob investigação da Delegacia Especializada em Homicídio Contra à Mulher, e que até o momento o suspeito não foi detido.