Polícia

Usuário de drogas é assassinado em Vitória e dívida com traficantes pode ter motivado crime

A vítima foi identificada como André Majeski; O crime aconteceu na mesma região onde os moradores fizeram um grande protesto contra a crescente violência

Local onde aconteceu o crime Foto: TV Vitória

Um jovem de 28 anos foi assassinado a tiros enquanto usava drogas na madrugada desta quarta-feira (10), no bairro Maruípe, em Vitória.

De acordo com informações da polícia, a vítima foi identificada como André Majeski Cordeiro. O rapaz estava sentado na calçada e usava crack quando foi surpreendido por dois homens. Um deles sacou a arma e tirou várias vezes contra o jovem. 

No local do crime, foram recolhidas 12 cápsulas de pistola calibre 380. A suspeita é de que a morte de André esteja ligada a uma dívida com traficantes da região. “Nós estamos cercados por quatro morros, Bairro da Penha, Santos Dumont, Itararé, Consolação. Aqui é uma passagem para eles, o tráfico está dominando a região”, conta uma moradora.
     
De acordo com a Polícia Civil, o assassinato de André é o quarto registrado na região da Grande Maruípe, em menos de dez dias. Um deles aconteceu na madrugada do último domingo (07), no bairro Tabuazeiro. O auxiliar hidráulico Renildo de Oliveira Gomes, de 34 anos, foi morto com mais de dez tiros. 

Protesto contra violência

Na última terça-feira (09), um protesto de moradores do bairro Tabuazeiro, em Vitória, interditou o trânsito por mais de sete horas em vias da Capital. A reivindicação era pela instalação de um posto da Polícia Militar no bairro. 

De acordo com a Polícia Militar, o patrulhamento foi reforçado na região e a discussão sobre a instalação de uma base fixa da PM no bairro ultrapassa o âmbito do batalhão e deve ser discutida na Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp). “O que nós pudemos verificar é uma migração do tráfico de drogas do Bairro da Penha para outras regiões da Capital, dentre elas a região da Grande Maruípe. Nós estamos intensificando o patrulhamento com base móvel e vamos receber mais policiais. Porém, a instalação de unidade fixa da PM no bairro precisa ser discutido no plano estratégico da Sesp”, afirma o comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Alexandre Ramalho.