Três carros de luxo com placas de Vitória foram apreendidos durante uma operação contra uma quadrilha acusada de desviar dinheiro da saúde pública do Rio de Janeiro, no último dia 9. Um dos veículos é uma Ferrari 458 Speciale, cujo valor pode ultrapassar os R$ 2,5 milhões. Os outros dois automóveis apreendidos foram uma Ferrari California, cujo preço aproximado é de R$ 1,3 milhões, e um Mercedes-Benz G63 AMG, avaliado em mais de R$ 800 mil.
As apreensões fizeram parte da Operação Ilha Fiscal, deflagrada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e de Inquéritos Especiais (DRACO/IE), junto com o Grupo de Atuação Integrada na Saúde e a Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. A ação contou com a participação de 85 agentes.
Na ocasião, oito pessoas foram presas suspeitas de integrar uma quadrilha acusada de fraudar mais de R$ 48 milhões em recursos públicos por meio de contratos da OS (Organização Social) Biotech Humanas com o município do Rio de Janeiro. Na ação, também foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão.
Além dos carros com placas do Espírito Santo, outros veículos de luxo foram apreendidos durante a operação: uma Mercedes SLK 250, um Porsche Cayenne, uma Range Rover Evoque, um Bentley Continental GT modelo 2012 e uma motocicleta BMW R 1200.
Na mesma ação, foram apreendidos ainda 40 relógios de marcas como Rolex, Mont Blanc, Pathek Phillipe, Panerai, Jager-Le Coulter, Allan Gisoni, Breitling, Hublot e Baume & Mercier, além de 200 peças de jóias. Em dinheiro, foram R$ 1,5 milhão, 12,8 mil dólares, 11,3 mil euros, 145 libras esterlinas e 15 liras turcas apreendidos.
Todo esse material estava na residência de dois dos detidos na operação. Os suspeitos de envolvimento com o esquema fraudulento são: Carlos Eduardo Sabino dos Santos, Eduardo de Moraes Bonifácio, Cristina Izabel Cezário Turatti, Maurílio Turatti, João Mauro Turatti, Wagner Viveiros Pelegrine, Valter Pelegrine Júnior, Bruno Simões Correia, além de Edson da Cruz Correia, que não chegou a ser detido durante a operação.
Os mandados de prisão foram expedidos pelo Juízo Criminal de Santa Cruz, no Rio de Janeiro. A operação teve origem a partir de denúncia ajuizada pelo MP contra 37 pessoas que integram a OS, responsável por gerenciar os hospitais municipais Pedro II, em Santa Cruz (zona oeste), e Ronaldo Gazolla, em Acari (zona norte).
Os acusados foram denunciados pelos crimes de peculato e falsidade em organização criminosa. De acordo com a investigação, foram realizadas inúmeras compras superfaturadas e pagamentos por serviços não prestados, sempre a cargo de pessoas ligadas ao esquema que, assim, possibilitavam o retorno do dinheiro aos dirigentes da Biotech após saques milionários em espécie.
Com informações do Portal R7 e Estadão Conteúdo