Venda Nova do Imigrante recebe nesta terça (10) e quarta-feira (11) a Campanha Nacional de Desarmamento e a população colabora entregando as armas que ainda mantém em casa. De acordo com o policial civil Átila Mendes, da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), o primeiro dia de campanha no município já é considerado um sucesso, pois foram recebidas 7 armas, enquanto a média por município costuma ser de 2 a 3 armas.
O estande da campanha está montado em frente à Prefeitura daquele município e a entrega de armas é voluntária. A polícia explica que a pessoa, que não é identificada em momento algum, recebe, ainda, uma indenização que varia de R$ 150 a R$ 450, dependendo da arma e do calibre, por meio de saque em no máximo 48 horas em caixa eletrônico do Banco do Brasil.
A campanha é nacional e acontece desde o ano de 2011, mas, segundo Átila, foi em 2013 que ela ganhou força no Espírito Santo, quando o Estado apresentava a 17ª posição no ranking nacional de desarmamento e a Sesp intensificou a campanha a fim de melhorar essa posição. A ação deu resultados muito positivos, tanto que no ano de 2014 o Estado subiu para a 5ª posição no ranking e, neste ano de 2015, alcança a 9ª posição no País.
“Ali, vimos a necessidade de intensificar esta campanha, entre outras ações que nos tirassem daquela marca negativa, então criamos a campanha itinerante, percorrendo todos os municípios capixabas”, disse Átila.
A campanha, que atende um município capixaba a cada 15 dias, permanece em Venda Nova do Imigrante até as 16h desta quarta-feira (11) e depois segue para os municípios de Sooretama, São Domingos do Norte e Rio Bananal, finalizando as ações deste ano, retomando somente em 2016.
Crianças são envolvidas
A campanha envolve, ainda, os estudantes de cada município por onde passa. Um pedagogo, que faz parte da equipe da Sesp, profere palestras nas escolas durante a passagem da campanha no município.
Segundo a polícia, o envolvimento das crianças e adolescentes é tão grande que até armas de brinquedos eles entregam, além de, muitas das vezes, irem ao estande acompanhando os pais no momento da entrega. “Entendemos com essas ações, que a criança tem um poder de convencimento aos pais quando chegam em casa, logo após assistirem à palestra e entenderem o quanto é vantajoso se desfazer da arma”, ressalta Átila Mendes.