Polícia

Vendedora é presa em Cachoeiro suspeita de aplicar golpes de até R$ 300 mil

Somente em uma loja de estofados, o golpe foi de aproximadamente R$ 30 mil. A polícia acreditava que ela comprava a mercadoria para revender, já que nada foi encontrado

A vendedora Maria de Lourdes Barbosa é suspeita de aplicar golpes, que podem chegar a R$ 300 mil Foto: ​Divulgação/PC

A Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), de Cachoeiro de Itapemirim, concluiu as investigações que resultaram na prisão da vendedora Maria de Lourdes Barbosa, de 57 anos, suspeita de aplicar golpes em cerca de 20 lojas de Cachoeiro, Guarapari, Marataízes, Vitória, São Paulo e Belo Horizonte. O valor dos golpes pode chegar a R$ 300 mil.

De acordo com informações do delegado Augusto Giorno, somente em uma loja de estofados em Cachoeiro, o golpe foi de quase R$ 30 mil. “Ela esteve no local e comprou oito poltronas e pagou com cheque. A compra foi de quase R$ 16 mil. A conta tinha sido bloqueada pelo banco, por causa de problemas na documentação. E foi a partir dessa compra, que começamos a investigá-la. Na semana seguinte, ela retornou ao estabelecimento, e a dona, já ciente, nos acionou e ela foi presa em flagrante”, explica.

Na primeira compra, a loja pediu uns dias de prazo para a entrega as poltronas. Para não esperar, Maria de Lourdes fretou um caminhão por sua conta para ir até a fábrica, localizada em Muniz Freire, para buscar a mercadoria. “Já identificamos o caminhão e agora vamos ouvir o motorista para saber onde ele deixou a mercadoria”, ressalta Giorno.

Com a suspeita os policiais civis encontraram 50 folhas de cheque em branco Foto: ​Divulgação/PC

Com a mulher, os policiais encontraram 50 folhas de cheque em branco. “Acreditamos que seriam usados em outros golpes. Identificamos também que ela já tinha uma série de passagens pela polícia, chegando, inclusive, a ser presa, por estelionato. Ela usava documentos com nome falso. O nome era o dela, mas ela acrescentava um sobrenome”, continua.

Ainda, segundo o delegado, a suspeita agia desde 2011. “Ela não confessa os crime, mas diante das evidências fica sem argumento. Acreditamos que ela comprava para revender, pois nada foi encontrado. Identificamos que ela tem residência fixa em Guarapari e tem familiares, mas até agora, ninguém nos procurou”, completa Giorno.

Maria de Lourdes foi autuada em flagrante por estelionato e encaminhada para o Presídio Feminino de Cachoeiro de Itapemirim.