Polícia

VÍDEO | Adolescentes são agredidos por mãe e filha em Vila Velha

Briga aconteceu porque alguém teria tocado a campainha da casa das mulheres, de 22 e 42 anos

Foto: Reprodução TV Vitória

Mãe e filha agrediram alunos na porta de casa, no bairro Jardim Colorado, em Vila Velha, nesta sexta-feira (16). O motivo das agressões foi porque os adolescentes que estavam saindo da escola, tocaram a campainha da residência delas.

Um vídeo gravado por um vizinho mostra parte da confusão. Nas imagens, duas mulheres e alguns adolescentes brigam no meio da rua. Uma delas atinge o rosto de uma aluna com um soco. Veja:

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A confusão não parou por aí. As agressões envolveram empurrões, puxões de cabelo e muita discussão. O motivo da briga foi porque alguém teria tocado a campainha da casa das mulheres, de 22 e 42 anos. Uma das adolescentes, que foi agredida, contou o que aconteceu. 

“Ela começou a socar o meu amigo, foi muito soco na cara dele. Todo mundo ficou assustado, porque ninguém estava esperando que ela saísse do nada gritando, batendo nele e acusando de ter batido a campainha. Tentei conversar com ela falando que não tinha sido a gente que tinha apertado a campainha e ela veio para cima de mim com o cabo de vassoura”, relatou.

Todos os adolescentes envolvidos tem 13 anos e cursam o sétimo ano de uma escola municipal do bairro Jardim Colorado. A confusão começou no horário de saída das aulas. O grupo de crianças ia para o ponto de ônibus.

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As mulheres alegaram que possuem uma criança de 2 anos com autismo, que se incomoda com o barulho da campainha. Segundo elas, os alunos das escolas incomodam quase todos os dias e apertam de propósito o dispositivo.

“Enquanto ela batia na gente, ela mandava a gente embora e gritava que isso sempre acontecia, que estava de saco cheio de apertar a campainha dela. Só que dessa vez a gente não tinha feito literalmente nada”, contou a estudante.

De acordo com o relato dos adolescentes, um dos meninos foi o primeiro a passar em frente a casa. Ele afirma que as duas mulheres confundiram ele com quem tocou a campainha.

“Eu olhei pra trás e ouvi o barulho ‘triiiim”, que era a campainha delas tocando. Nisso, os meninos saíram correndo e eu não vi quem era. Eu olhei pra trás, ela me abraçou, pegou o meu pescoço e me jogou no chão. Nisso que me jogou no chão, ela colocou o joelho em cima da minha barriga e deu socos na minha cara”, contou o menino.

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A Polícia Militar foi acionada e o caso foi parar na delegacia. Um dos alunos ficou com a região da costela inchada. A mãe ficou indignada. 

“Muito revoltante. Você trabalha, manda o filho pra escola, você tenta dar o melhor, a melhor educação e fica sabendo que bateram no seu filho por nada. Não foram eles que apertaram a campainha, não foi eles que bateram no portão. Ela simplesmente saiu de dentro de casa e agrediu a primeira turma que ela viu”, comentou a mãe.

A mulher, de 42 anos, também teve hematomas pelo corpo. Na delegacia houve mais confusão. O parente de um dos adolescentes agrediu o namorado da mulher, de 22 anos, e depois fugiu.

A Polícia Militar acompanhou as partes até elas serem ouvidas pelo delegado. O que os pais dos alunos querem é que mãe e filha respondam judicialmente.

“Eu espero justiça, que esse caso seja investigado. Tem que levar o que ela merece, ela tem que responder. Eu como mãe, se eu bato no meu filho, eu vou ser presa. Se eu encostar a mão no meu filho dentro de casa, eu vou ser presa. Na rua podem bater que não vai dar em nada?”, desabafou a mãe. 

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A reportagem da TV Vitória/Record TV conversou com parentes das mulheres envolvidas na confusão, mas ninguém quis se manifestar. O advogado da família se pronunciou por meio de nota e informou que os envolvidos, por medo, irão se mudar do local.

“A família, mãe e filha e neto, sofrem com os atos diários de vandalismo praticados por adolescentes que, nos horários de entrada e saída da Escola Parque, tocam o interfone e chutam os portões da sua residência.

O vandalismo praticado pelos adolescentes causa muito sofrimento à família porque com elas reside uma criança de dois anos e meio dentro do TEA severo Grau 3 (transtorno do espetro autista).

Todos os dias o barulho causado é gatilho para que a criança entre em Meltdown, agredindo seus tutores e a si mesmo durante horas até se acalmar.

Em desespero por ver seu filho mais uma vez nesse estado a mãe saiu para impedir que continuassem, o rapaz envolvido estava próximo do interfone foi interpelado do porquê fazer aquilo.

Isso culminou em ofensas e agressões mutuas.

As partes lamentam profundamente o ocorrido, e por medo de represálias, como a agressão ocorrida em frente ao DPJ, alcancem toda a família, irão transferir sua residência do local.

As partes se manifestarão nos autos do inquérito policial, ratificando seu posicionamento por meio das provas de fato e fundamentos de direito pertinentes”.

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A Polícia Civil informou que a suspeita, de 42 anos, conduzida à Delegacia Regional de Vila Velha, assinou um termo circunstanciado (TC) por lesão corporal, e foi liberada após assumir o compromisso de comparecer em juízo. 

Segundo a polícia, a filha, foi ouvida e liberada após a autoridade policial entender que não haviam elementos suficientes para lavrar auto de prisão em flagrante naquele momento.

*Com informações do repórter Lucas Melo, da TV Vitória/Record TV