O velório da pequena Paloma Fernandes, de 6 anos, espancada até a morte em Cariacica, foi marcado por emoção e por pedidos de justiça. Ela foi assassinada em casa e a suspeita é a de que tenha sido espancada pelo próprio pai. A mãe da menina também foi gravemente ferida e está internada.
No velório de Paloma, realizado nesta quinta-feira (20) em uma igreja evangélica no bairro Jardim Tropical, na Serra, familiares eram consolados por amigos e vizinhos, mas também por várias crianças, amigas da menina, que emocionaram a todos entregando cartas de despedida escritas à mão em forma de homenagem.
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As cartas chegaram em uma caixa e foram entregues por uma professora da escola onde Paloma estudava para o irmão da vítima, Junior Fernandes.
O repórter André Falcão, da TV Vitória/Record, teve acesso às cartas e leu uma das homenagens. Emocionado, ele mesmo não conteve as lágrimas.
Uma das cartas traz a seguinte mensagem: “Querida Paloma, sei que você passou momentos difíceis com o seu pai, mas você agora está em um lugar melhor, onde não tem dor, sofrimento, tristeza e angústia. Sei que todos os seus parentes estão muto tristes pela sua perda, principalmente o seu irmão. Mas você está em um lugar melhor e Deus está guiando seu irmão e sua família”.
VEJA VÍDEO COM A LEITURA DA CARTA:
O corpo da Paloma foi enterrado às 16h, no cemitério de Nova Rosa da Penha, em Cariacica. Entre os presentes, as declarações eram principalmente por pedido de justiça.
Mulher tem 1% de chance de sobreviver
A mãe da menina está internada em estado grave em um hospital da Grande Vitória. O suspeito do crime ainda não foi localizado pela polícia.
O filho dela, irmão de Paloma, disse à reportagem que os médicos afirmaram que a mulher está entre a vida e a morte, e que ela tem 99% de chance de não sobreviver.
Junior Fernandes, no entanto, explicou que foi ao hospital e, para surpresa de todos, inclusive dos médicos, a mulher abriu os olhos e apertou a mão.
Pai é o principal suspeito
Segundo a polícia, o principal suspeito de cometer o crime é o pai da criança e companheiro da vítima, um homem de aproximadamente 45 anos, que ainda não foi localizado.
Um vizinho da família, que não quis se identificar, conversou com a equipe de reportagem e contou que já presenciou o homem alterado algumas vezes.
“Ele já ficou alterado algumas vezes. A menina era uma criança muito estranha, muito fechada. Nós até tínhamos a preocupação de ter acontecido alguma coisa. Esperamos que a Justiça seja feita. Foi uma cena muito triste. Não tenho nem palavras”, contou o vizinho.
*Com informações do repórter André Falcão da TV Vitória/Record
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