Dois integrantes suspeitos de participarem de explosões a bancos no Espírito Santo foram presos. Eles fazem parte de uma quadrilha especializada nesse tipo de crime. Um dos detidos era o responsável por manusear os explosivos, função que poucas pessoas sabem fazer, segundo o delegado.
Com as investigações, a polícia chegou à conclusão de que a quadrilha não só atuou na explosão de uma instituição em Guaraná, distrito de Aracruz, mas também em outros furtos no ano passado, em Santa Maria de Jetibá. A maneira de atuação da quadrilha era sempre a mesma. Após cometer o crime, o grupo utilizava um carro na fuga, mas o abandonava e queimava, para não deixar pistas.
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“Um dos indivíduos manuseava os explosivos, outros ficavam na contenção, e ao saírem davam disparos para o alto. Não é necessária uma grande especialização no mundo do crime para ficar na contenção. Agora, para explodir, precisa ter uma habilidade, que é adquirida no mundo do crime, e isso era só o Luiz Manoel que sabia”, contou o delegado Romualdo Gianordolli.
“Além disso tinha o piloto de fuga, porque eles sempre abandonavam o carro usado no crime em algum local ermo. E aí pegavam um segundo veículo, pois o primeiro carro aparece nas imagens. Então eles abandonavam o carro e queimavam para impossibilitar a coleta de digitais e, então fugiam em outro veículo que não aparecia nas imagens, dificultando bastante o trabalho investigativo”, completou o delegado.
Durante a operação, dois membros acabaram detidos. São eles um homem e uma mulher. Luiz Manoel da Cruz, 33, o explosivista, e Fabiana Correia Brum, 35 anos, que auxiliava a quadrilha com acessórios. Todos os três já haviam passagens pela polícia anteriormente. Fabiana Correia Brum e Luiz Manoel foram presos na quinta-feira (31), na Serra. Já Paulo Miguel do nascimento e John Paulo Nascimento já haviam sido presos em agosto, por participarem da explosão que aconteceu em fevereiro deste ano, no distrito de Guaraná, em Aracruz.
Em meio a prisão, outro fato que chamou a atenção do delegado foi o fato de Luiz ter conseguido uma identidade falsa. Agora, a polícia segue investigando também a forma que essa quadrilha teve acesso ao modo de explodir os caixas eletrônicos.
