Um vigilante de 41 anos foi preso, acusado de estuprar a própria filha, em Cariacica. Na época do crime, em 2012, a vítima tinha apenas 12 anos. O suspeito ficou foragido por cerca de dois anos e acabou sendo preso na última quarta-feira (24) por policiais da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
De acordo com a polícia, a menina foi morar com o pai após um conflito com a mãe. A vítima ficou na residência do acusado durante alguns meses e, segundo as investigações, nesse período foi estuprada várias vezes pelo vigilante.
“Esse pai, se aproveitando dessa situação, abusou da confiança e, inicialmente, observava essa filha pela báscula do banheiro. A filha então conversou com o pai, explicou que aquilo era uma conduta inadequada, mas mesmo assim ele continuou. Posteriormente ele passou a se masturbar na presença da própria filha, até o momento que ele a obrigou a manter relações sexuais com ele”, contou o titular da DPCA, Lorenzo Pazolini.
Em depoimento à polícia, a vítima ainda contou que o pai a ameaçava de morte. “Tinha uma arma de fogo à sua disposição e ele utilizava essa arma como forma de ameaça para a própria filha”, disse Pazolini.
No entanto, após ser estuprada pela quinta vez, a vítima não aguentou mais. Desesperada, procurou a mãe e pediu ajuda. “A mãe imediatamente trouxe-a à delegacia e possibilitou que o crime fosse desvendado e, sobretudo, que o acusado fosse preso”, frisou o delegado.
O mandado de prisão contra o acusado foi expedido em 2015, mas, segundo Pazolini, o suspeito conseguia escapar da polícia mudando de endereço constantemente.
“Ele se manteve foragido durante muito tempo e, durante esse tempo, ele se mudou para aproximadamente quatro residências – nós temos a comprovação de quatro residências. Então isso dificultou sobremaneira a atividade da polícia. Mas nós mantivemos as buscas até que agora, no dia 24, foi possível o cumprimento do mandado de prisão, a localização do acusado e, sobretudo, a certeza de que agora ele responderá preso, vai cumprir prisão preventiva e certamente será condenado”, destacou o titular da DPCA.
Após ser preso, o vigilante negou o crime. No entanto, de acordo com o delegado, o laudo do Departamento Médico Legal (DML) e o relatório psicossocial não deixaram dúvidas sobre os abusos.
“Ele nega o crime, mas nós temos elementos robustos que indicam pela autoria. Ele já é réu, foi denunciado e agora vai aguardar a audiência e, com certeza, a condenação”, ressaltou Pazolini.