A polícia prendeu, em Cariacica, um vigilante de 36 anos, suspeito de abusar sexualmente das duas filhas, de 7 e 13. Os abusos foram descobertos a partir da troca de mensagens, pelo celular, entre o pai e a filha adolescente.
O suspeito foi detido dentro de uma igreja evangélica, no bairro Itapemirim, no último sábado (06), pela acusação de estupro contra a filha de 13 anos. De acordo com as investigações, os abusos aconteceram entre o final de junho e início de julho.
No entanto, na última segunda-feira (08), a outra filha dele, de apenas 7 anos, esteve na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), acompanhado da mãe, e disse também ter sofrido abusos cometidos pelo suspeito. Além disso, há a informação de que o vigilante já teria namorado uma menina de 13 anos, que já foi identificada pela polícia.
De acordo com a polícia, o suspeito estava foragido desde o último dia 19. “Obtivemos a informação de que ele estaria foragido, escondido no município da Serra, mas que ele ainda frequentava essa igreja, no município de Cariacica. Nós montamos uma campana, aguardamos no local e, assim que ele chegou, conferimos a identidade e demos a voz de prisão”, disse o titular da DPCA, delegado Lorenzo Pazolini.
Segundo a polícia, o crime foi descoberto após a mãe das vítimas ter se passado pela filha mais velha, em conversas com o vigilante pelo celular, e ter flagrado mensagens inapropriadas. Em reunião com familiares da vítima, a ex-mulher disse que o vigilante confessou que havia tirado a virgindade da própria filha. Ele teria alegado que não aceitava que nenhum outro homem tirasse a virgindade das vítimas.
“Nessa reunião, ele teria dito que realmente abusou da criança, porque ele teria que tirar a virgindade das filhas. Ele dizia que nenhum outro homem poderia fazer isso. E queria que ela tivesse um filho, para ele cuidar daquele filho”, ressaltou Lorenzo Pazolini.
No entanto, na delegacia o suspeito negou que tenha abusado das filhas. Ele disse que a última vez que encontrou a adolescente foi há cerca de três meses e acusou o padrasto da menina de ter cometido os abusos. “Como ela estava na guarda da mãe, eu não podia fazer nada. Por isso que eu acredito que há o dedo da mãe dela aí querendo me acusar, por medo de eu fazer algo contra o marido dela”, afirmou o suspeito.
Segundo o delegado, o vigilante responde por estupro de vulnerável e cumpre prisão preventiva no Centro de Triagem de Viana. Já as duas meninas estão sob acompanhamento psicológico. “Ele vai continuar preso, vai responder [pelo crime], e nós vamos representar, desde já, pela prisão preventiva dele, para que ele fique preso durante toda a instrução processual”, frisou Pazolini.