Política

Abraçado a ministro de Lula, organizador da Marcha para Jesus clama por 'melhores dias'

Na sequência, ainda ao lado de Messias, ele defendeu que "o Brasil não precisa de guerra". "É impossível ser o espírito santo em mim e estimular a guerra", afirmou

Foto: Reprodução/Instagram

No palco da Marcha para Jesus, que contou com diversos políticos de direita em São Paulo, o organizador do evento, Estevam Hernandes, orou pelo ministro da Advocacia-Geral a União (AGU), Jorge Messias, e, abraçado a ele, pediu “dias melhores” para o Brasil. Ao contrário do que aconteceu no ano passado, não houve vaias a Messias, que faz parte da Igreja Batista e foi mais uma vez o representante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no evento.

“Vamos profetizar que melhores dias virão para a nossa nação em nome de Jesus, amém? Que nós possamos ver essa terra sarada”, disse o apóstolo Estevam Hernandes, da Igreja Renascer em Cristo.

Na sequência, ainda ao lado de Messias, ele defendeu que “o Brasil não precisa de guerra”. “É impossível ser o espírito santo em mim e estimular a guerra”, afirmou.

Antes, Hernandes também afirmou que havia acabado de dar “uma missão importante” para Jorge Messias, sem dizer qual é. “É difícil, mas sei que ele é um servo de Deus e pode fazer coisas grandes”, afirmou Hernandes, que apresentou o ministro por seu cargo na AGU, sem referências ao presidente ou ao governo federal.

Ausente no evento, Lula enviou uma carta a Estevam Hernandes dizendo que a igreja “tem um papel vital em um País mais justo”.

Na carta, o presidente diz também que, como cristão, se sente “regozijado de ver a dimensão extraordinária” que o evento tomou e o papel significativo que desempenha na vida de muitos brasileiros, “promovendo valores de paz, fé, amor ao próximo e solidariedade”. Escreve também ser sempre “uma honra e uma alegria” receber o convite para participar da celebração. “Quero expressar meu respeito e meu reconhecimento pela realização de mais uma edição deste evento, que reúne milhares de fiéis em um momento de fé, unidade e oração”, afirma.