O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), adota uma medida de corte de gastos desde que assumiu o cargo em 2015. Na última terça-feira (22), ele não foi a Brasília, em seu lugar, enviou o secretário de Fazenda. O encontro reuniu governadores de todo o pais para tratar da crise econômica.
A exemplo de Hartung, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), também não foi a capital federal, enviando em seu lugar a vice-governadora. Os dois, diferentemente da maior parte de seus colegas, adotam a opção do ajuste, ao invés de pedir ajuda a União para arcar com o salário do funcionalismo.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Hartung disse que não entende como justo beneficiar quem não fez ajuste e que se há interesse em tirar efeito pedagógico da situação, quem fez é quem deve ser valorizado. Richa concorda com o mesmo pensamento.
Com dois anos sem aumento para o funcionalismo, o Espírito Santo conseguiu fugir do déficit primário – que são receitas menos despesas antes do pagamento de juros -, bilionário em 2013 e 2014 para superávit em 2015.
Hartung afirma que foi contra a negociação da dívida dos Estados com a União. “Sabia que não resolveria. O problema não é a dívida, e sim os gastos com a folha de pessoal e com os inativos, que aumentaram em descompasso com a receita”, disse à Folha de S.Paulo.
Aposta
Na última terça-feira, o governador do ES foi a São Paulo para participar do leilão da segunda PPP (Parceria Público Privada) de saneamento no Estado. Em um prazo de dois meses, ele espera finalizar a operação de venda de 20% da Cesan (Companhia Espírito Santense de Saneamento) e garantir R$ 500 milhões em investimentos de serviços de saneamento no Estado.
As informações são do jornal Folha de S.Paulo.