Política

Defesa pede para ex-gerente da Petrobras em Vitória ser julgado no Espírito Santo

Para o advogado, o juiz Sérgio Moro não é competente para julgar a ação de Celso Araripe. O juízo competente é o da Justiça Federal da 2ª Região, que abrange os estados do RJ e ES

Defesa pede para ex-gerente da Petrobras em Vitória ser julgado no Espírito Santo
Celso Araripe foi testemunha de Renato Duque, mas depois foi preso Foto: ​Divulgação

O advogado do ex-gerente de empreendimentos da Petrobras Celso Araripe D’Oliveira, Antônio Carlos Fonseca, quer mudar o local do julgamento de seu cliente. Para ele, não existe motivo que justifique que o ex-executivo da estatal seja julgado na 13ª Vara Federal do Paraná, cujo juiz é Sérgio Moro, que vem julgando os casos da Operação Lava Jato.

O pedido de mudança de local para o julgamento de Celso Araripe foi feito na última segunda-feira e deverá ser julgado rapidamente, já que ele permanece preso em Curitiba desde o dia 3 de agosto.

“O fato de assinar aditivos aconteceu enquanto o Celso era gerente da Petrobras em Vitória. Então, não existe argumento que justifique que ele seja julgado no Paraná”, explicou o advogado.

Para o advogado, o juiz Sérgio Moro não é competente para julgar a ação de Celso Araripe. O juízo competente é o da Justiça Federal da 2ª Região, que abrange os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo.

A justificativa de Antônio Carlos é que não existe qualquer ligação de Araripe com a Operação Lava Jato.

“Estamos juntando o número máximo de documentos, inclusive documentos comprovando a transação imobiliária, que justifica os recebimentos de valores na conta de Celso Araripe”, informou o advogado. 

Fonseca informou ainda que entrou com o pedido de relaxamento da prisão preventiva. Segundo ele, não existe motivo para que ele permaneça preso.

“Ele não é mais funcionário da Petrobras, ele não oferece risco à sociedade. Se apresentou ao delegado no Paraná mesmo sem ter sido convocado. Não há necessidade da prisão”, assinalou Antônio Carlos Fonseca.

O ex-gerente de empreendimento da Petrobras em Vitória deverá responder por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.