Os tucanos devem definir nesta terça-feira (6) se mantém a candidatura própria ao Palácio Anchieta com o ex-prefeito de Colatina, Guerino Balestrassi ou se o partido vai apoiar a reeleição do governador Renato Casagrande (PSB). A decisão pode acontecer após reunião entre o presidente nacional da sigla, Aécio Neves, e o presidente e vice-presidente regional do PSDB, César Colnago e Guerino Balestrassi, respectivamente.
Os tucanos capixabas teriam uma reunião nesta segunda-feira (5) mas ela foi suspensa “tendo em vista matérias veiculadas na imprensa local pautando assuntos e, mais que isso, deliberações que não estão na ordem do dia das conversas do partido no âmbito regional”, informou o PSDB por nota.
Os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) teriam fechado acordo na última quinta-feira (1) para os tucanos irem para o palanque de Casagrande no Estado, o que poderia ser anunciado na reunião cancelada desta segunda-feira (5).
A expectativa é que Aécio bata o martelo em favor da união entre socialistas e tucanos no Estado nesta terça-feira (6), mas Balestrassi ainda mantém esperanças de confirmar a sua candidatura.
“Estou trabalhando na candidatura desde agosto. De repente surge um movimento de retirada da minha candidatura e não fui comunicado. Questionei isso ao presidente (regional, César Colnago) e ele tomou providências, conversou com Aécio, que pediu que fôssemos a Brasília. E lógico que vou defender minha candidatura. Eu preciso saber se tem esse acordo, eu mereço uma satisfação”, frisou Balestrassi.
“Casagrande é a pior situação”
Imaginando que sua candidatura pode ser rifada para os tucanos apoiarem Casagrande no projeto de reeleição, Balestrassi voltou a condenar um possível apoio do PSDB para o governador.
“Nós do PSDB temos a melhor estrutura, compor com Casagrande seria a pior situação para ele (Aécio) já que Casagrande teria um candidato (Campos). E isso é ruim porque Aécio e Campos vão disputar quem vai para o segundo turno”, disse Balestrassi.
O pré-candidato garantiu que não luta pela sua candidatura por vaidade e reconhece que suas chances de ganhar são poucas. “Tenho poucas chances de vencer, mas eu estou pensando no partido. Se tivermos candidatura própria as chances de fazermos dois deputados federais e quatro estaduais são grandes. Eu estou pensando no futuro do PSDB. Vamos mostrar ao Aécio que poucos estados terão chances de eleger 20% dos deputados federais como nós temos”, disse Balestrassi.