Política

Aliados de Bolsonaro no ES criticam condenação do ex-presidente

O senador Magno Malta e o ex-deputado federal Carlos Manato chamaram de "lamentável" condenação aplicada ao ex-presidente

Foto: Reprodução

Correligionários e aliados de primeira hora do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a ficar inelegível por oito anos, o senador do Espírito Santo Magno Malta (PL) e o ex-deputado federal Carlos Manato (PL), que disputou o governo do Estado nas eleições do ano passado com apoio de Bolsonaro, não economizaram críticas contra a condenação aplicada ao ex-mandatário.

Em resposta encaminhada à reportagem do Folha Vitória na tarde desta sexta-feira (30), poucas horas após o fim do julgamento de Bolsonaro no TSE , Magno classificou como “deprimente” a decisão dos ministros da Corte Eleitoral.

“É lamentável, é triste e chega a ser deprimente. Bolsonaro foi condenado sem cometer um crime. Ele está perdendo direitos políticos por ter enfrentado o sistema, por ter amado o Brasil e por não ter deixado o povo passar fome. Ele foi para as ruas para despertar o patriotismo nos brasileiros. Jair Bolsonaro foi injustiçado em um voto (do relator do processo no TSE) sem amparo jurídico”, disse o senador capixaba.

Manato, por sua vez, disse que a condenação pela  inelegibilidade de Bolsonaro não teve embasamento e cumpriu papel político. “Sem embasamento que fere a democracia. Lamentável”, afirmou o ex-deputado.

Por 5 a 2, TSE declara Bolsonaro inelegível

O TSE decidiu tornar Bolsonaro inelegível por oito anos, durante julgamento retomado nesta sexta-feira.

O placar de votação foi de 5 votos pela inelegibilidade de Bolsonaro contra 2 pela absolvição do ex-mandatário.

Isso porque, na sessão desta sexta, juntaram-se ao voto do relator do processo, os ministros Carmem Lúcia e Alexandre de Moraes. Eles votaram a favor da inelegibilidade. Já o ministro Nunes Marques votou contra a decisão.

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O ex-presidente foi julgado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. O plenário do TSE julga se Jair Bolsonaro usou o cargo e a estrutura administrativa da Presidência da República para fazer campanha durante reunião com embaixadores estrangeiros no Palácio do Alvorada, em julho de 2022.

Além disso, ele também é investigado por instigar seus apoiadores contra a Justiça Eleitoral em discursos realizados em lives nas redes sociais.