Um dos alvos na nova fase da Operação Lava Jato, o aliado de Eduardo Cunha, Altair Alves Pinto, de 68 anos, é do município de Muqui, no sul do Espírito Santo. Ele aparece nas delações dos donos da empresa JBS, Joesley Batista e o seu irmão Wesley Batista como o responsável por receber e repassar o dinheiro a mesada ao parlamentar para ficar calado. Cunha, que está preso, teria recebido R$ 5 milhões, com o aval do presidente Michel Temer, segundo Joesley.
Durante a manhã desta quinta-feira (18), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão, em um endereço de Altair, apontado como ‘homem de confiança’ do deputado, localizado na Tijuca, no Rio de Janeiro. A ação foi autorizada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo tribunal Federal (STF).
Altair trabalha com Cunha desde 1999, e foi motorista do parlamentar durante as campanhas eleitorais. Ele é sócio proprietário de duas empresas de exploração de pedras ornamentais no município Muqui. Em uma das empresas, ele divide a sociedade com a mulher e a filha.
