A um ano das eleições, o deputado estadual Amaro Neto, que pretende disputar eleição para prefeito, decidiu manter seu título de eleitor na Capital. Mas para que seus planos tenham sucesso será preciso que se desfilie do Partido Popular Socialista, o PPS.
“Meu título é de Vitória desde 2004, onde permanecerei domiciliado”, disse o deputado estadual.
Antes de concluir seu projeto de comandar a Capital, Amaro Neto afirmou que precisa se desvincular do PPS.
“Vou conversar com o presidente Fabrício Gandini e já conversei com o vice-prefeito Waguinho Ito. Já comuniquei minha intenção de sair do partido. Vamos tentar nos próximos meses”, afirmou Amaro Neto.
A intenção de deixar o partido está diretamente ligada ao fato, segundo ele, de não ter conseguido promover o PPS como gostaria. “Além disso, no PPS, o candidato de Vitória é o atual prefeito. Em uma convenção com ele, certamente eu não sairia vencerdor”, concluiu o deputado estadual.
De acordo com as novas alterações no Código Eleitoral (lei 13.165/2015), publicada no dia 29 de setembro deste ano, “para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do pleito, e estar com a filiação deferida pelo partido no mínimo seis meses antes da data da eleição”.
Por conta de seu vínculo ao PPS, o parlamentar não revelou para qual partido tem o interesse de migrar.
Repercussão
Para Gustavo De Biase (Rede), que no pleito de 2012 se candidatou pelo PSol, a atitude do deputado estadual deve ser elogiada.
“Amaro é uma grande liderança. E mostrou isso com sua votação em 2014. Ao se candidatar ele enriquece o debate. Vitória não tem nada a perder, só a ganhar. O debate realmente ficará mais enriquecido”, comentou De Biase.
Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), que preside o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), João Coser (PT), que atualmente está na gestão da Secretaria de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb), e o deputado federal Lelo Coimbra (PMDB) preferiram manter o silêncio em relação ao assunto. Já o prefeito Luciano Rezende (PPS) não foi localizado para comentar.