Política

Ambientalista visitará lagoa em Anchieta após denúncias da chegada da lama no local

Especialista em devastação ambiental, Álvaro Fernando visitará nesta terça-feira (1) a Lagoa Maimbá, em Anchieta, local denunciado a deputado de ter recebido rejeitos de minério, da Samarco

Da Vitória e o presidente da Ales convidaram ambientalista para permanecer no ES Foto: Divulgação/Assembleia

O doutor em Zoologia pela Universidade de São Paulo Álvaro Fernando de Almeida se reuniu nesta segunda-feira (30) com os deputados da Comissão de Representação da Assembleia Legislativa. Depois de receber um convite para permanecer no Espírito Santo para acompanhar as consequências do avanço da lama tóxica no Estado.

Especialista em devastação ambiental, Álvaro Fernando visitará nesta terça-feira (1) a Lagoa Maimbá, em Anchieta, local denunciado aos deputados da Comissão de Representação de ter recebido rejeitos de minério, também da mineradora Samarco.

No dia seguinte, na quarta-feira (2), Álvaro Fernando deverá participar de uma audiência com os deputados, às 11 horas. 

“O doutor Álvaro participou de frentes de trabalho de reconstrução de áreas ambientais. Queremos ouvi-lo, fazer perguntas e esclarecer dúvidas. Convocamos os deputados para que todos participem”, disse o deputado Da Vitória (PDT). 

Durante a reunião na sala do presidente da Casa, Theodorico Ferraço (DEM), que durou cerca de uma hora e meia, o professor da USP falou brevemente sobre o desastre ambiental ocorrido em Mariana (MG), que devastou o distrito de Bento Rodrigues, e atingiu cidades do Espírito Santo (Baixo Guandu, Colatina e Linhares), chegando até o oceano.

“Ele falou brevemente e afirmou que não dá para mensurar o que aconteceu e como deverá ser o trabalho de recuperação. Só com uma análise mais aprofundada será possível fazer um diagnóstico mais profundo. Mas ele reconheceu que a houve degradação do Doce (rio) com uma ação violenta. Diante disto, eu e o presidente Ferraço fizemos um convite a ele para que permaneça mais tempo no Espírito Santo”, destacou Da Vitória.

Em nota, a Samarco informou que a planta industrial da empresa possui estações de tratamento e recirculação da água, o que permite um reaproveitamento de aproximadamente 90% do recurso. O restante é tratado, de acordo com os padrões e as exigências legais, e lançado na lagoa de Mãe-Bá. A lagoa é submetida à análise nos aspectos físico-químico e biológico, considerando 48 parâmetros. A Samarco também monitora a diversidade e a ecologia de peixes no local. São oito pontos de monitoramento na lagoa, realizando cerca de 3 mil análises todos os anos.