
Foi divulgada nesta quinta-feira (26) a primeira pesquisa Rede Vitória/Futura de intenção de voto, em Vitória, no segundo turno. O levantamento mostra uma diferença de 6% das intenções dentro da margem de erro, entre os candidatos Delegado Pazolini (Republicanos) e João Coser (PT). Quando levado em consideração apenas os votos válidos, Pazolini tem vantagem, com 53% das intenções, enquanto Coser aparece com 47%.
Para discutir os detalhes da pesquisa, a comentarista política Gabriela Cuzzuol, o sócio-diretor da Futura José Luiz Orrico e o professor Hudson Siqueira estiveram no programa especial sobre as Eleições 2020 desta quinta, exibido no Folha Vitória.
Na avaliação de Gabriela, a situação apesar de estar tecnicamente empatada, é mais difícil para o candidato do PT, João Coser. “Eu não penso que o candidato estava numa situação tão confortável. O candidato Lorenzo Pazolini veio numa curva de crescimento, neste momento as campanhas estão muito incisivas. Penso que temos uma eleição que ainda não está definida e acho que está um pouco mais difícil para o candidato do PT”, disse a comentarista.
“Nacionalização da disputa”
Para o professor Hudson Siqueira, as candidaturas sofrem interferências de elementos semelhantes aos vistos na campanha presidencial de 2018, onde houve movimentos contra o PT, partido do candidato João Coser, o que acaba favorecendo a campanha do candidato Pazolini (Republicanos).
“Aconteceu em Vitória, agora no segundo turno, a nacionalização da disputa. Aquilo que aconteceu em 2018, na campanha para presidente, que nós não constatamos em nenhum momento nas campanhas no primeiro turno, ela agora se faz presente na capital. Você tem o candidato do PT, que tem a seu favor já um histórico na cidade de prefeito, com uma avaliação positiva e por outro lado carregando contra ele uma rejeição ao partido e toda aquela rejeição que se fez presente na campanha nacional de 2018, mesmo que você não tenha todos os elementos de corrupção que aconteceram em nível nacional e que nós já sabemos de tudo o que foi comprovado”, comentou.
“Pelo lado do Pazolini, o ponto favorável da campanha dele é, de fato, essa questão da rejeição ao PT, mas você não vê uma discussão sobre uma proposta que possa vir a ser a gestão do candidato, apesar de você ter muitas propostas sendo ditas pelo candidato, a cidade não está discutindo as propostas dele. Existe sim o lado da rejeição e aceitação ao candidato do partido PT”, completou o professor.
Campanhas negativas e ideologias
A comentarista em política Gabriela Cuzzuol, ressaltou que no segundo turno os candidatos reforçaram as campanhas negativas sobre os adversários, e também mostraram mais seus posicionamentos ideológicos nos debates realizados durante esta semana, como aconteceu na Rede Vitória, na última quarta-feira (25). “A partir da metade do debate, um dos candidatos puxou a questão da ideologia, e assim seguiu até o final, perdendo-se um tempo precioso de detalhamento de propostas”, disse.
“O cenário de Vitória está bastante polarizado e está bastante distinto, tanto pela perspectiva dos planos de governo, tanto pela perspectiva ideológica”, completou a comentarista.
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