O antigo Aeroporto de Vitória, localizado na Avenida Fernando Ferrari, em Goiabeiras, pode virar a nova sede da Câmara de Vitória. A informação foi divulgada com exclusividade, nesta quinta-feira (21), pelo presidente da Câmara de Vitória, Leandro Piquet (Republicanos).
O local, composto por 5 mil metros quadrados de área construída, ainda não possui valor estimado para a locação ao poder público.
Segundo o presidente, em entrevista exclusiva ao Folha Vitória concedida durante prestação de contas da Câmara na manhã desta quinta-feira (21), foi realizado um chamamento público para que os “interessados aparecessem” para a contratação.
Na ação, se mostraram interessadas três empresas. No entanto, duas foram desclassificadas e o antigo aeroporto seria o único local que se enquadra com o “propósito de construção”.
“A gente fica feliz de ter essa área concorrendo com o interesse porque Vitória tem poucos imóveis que conseguem receber a Câmara. Fora a questão da acessibilidade, que é super garantida, e está próximo do bairro populoso de Goiabeiras”, destacou Piquet.
O presidente da Casa afirmou que a locação do antigo aeroporto ainda está no meio do processo. Diante disso, é necessário o retorno da avaliação oficial da Prefeitura de Vitória para prosseguir com a contratação.
“Depois vamos encaminhar para o interessado ver se o valor atende as expectativas dele. Vamos começar um processo de contratação, formatar um projeto arquitetônico, aí sim assinar o contrato e prosseguir para a reforma”, destaca.
Questionado se a Câmara pode, no futuro, comprar o espaço, Piquet declarou: “Para adquirir, será realizada uma ‘locação com reversão ao final do contrato””.
Possibilidade de aluguel havia sido anunciada em outubro
No mês de outubro, o republicano havia anunciado que seria publicado um chamamento público visando à locação de imóvel para abrigar a nova sede do Legislativo da Capital.
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Durante entrevista coletiva realizada, Piquet afirmou que um dos principais motivos para a mudança da atual estrutura da Câmara para outro imóvel se deve ao fato de os três prédios – incluindo o plenário – que hoje compõem a casa estarem em condições precárias, impondo riscos aos servidores e à população.
A mudança da sede do Legislativo da Capital para um novo local está amparada em um parecer técnico emitido pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea), ainda conforme o presidente da Câmara.
No documento emitido em maio deste ano, o Crea aponta uma série de problemas estruturais nos três prédios que formam a Câmara e que estão situados em uma área de cerca de 3.500 metros quadrados.
Falhas em estrutura oferecem perigo de vida para quem frequenta a Câmara, diz laudo do Crea
Em outro ponto do laudo que trata sobre a estrutura atual em que a sede da Câmara de Vitória está instalada, a equipe técnica do Crea chama a atenção para os riscos que as “anomalias” identificadas durante vistoria podem acarretar, inclusive para a vida das pessoas que transitam diariamente pelo local.
“Após análise dos sistemas construtivos através de vistorias in loco, identificou-se diversas anomalias, falhas e não conformidades com grau de risco desde mínimo até crítico, podendo acarretar falhas perdas pequenas, parciais e até totais de desempenho e funcionalidade dos sistemas e subsistemas da edificação, além de prováveis impactos irreparáveis para edificação e perigo de vida para os transeuntes, colaboradores e frequentadores da CMV”, frisou o Crea no laudo encaminhado à Câmara ainda no primeiro semestre deste ano.
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