O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o pastor Anderson Silva, líder religioso da igreja Vivo Por Ti de Brasília, incitaram prática de violência contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 17 de maio deste ano, durante um podcast. As informações são do jornal Estadão.
Ainda de acordo com o Estadão, enquanto o pastor, que é apresentador do programa, disse que os cristãos deveriam rezar para que Deus quebrasse a mandíbula do chefe do Executivo e para que os magistrados adoecessem, o parlamentar, por sua vez, falou em “arrancar a cabeça” de inimigos.
Perfis no Twitter repercutiram trecho da live em que as falas contra o presidente da República são feitas. Veja vídeo abaixo:
Nesta sexta-feira (16), o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que vai pedir uma investigação à Polícia Federal (PF) sobre as declarações dos dois.
“A gente precisa crer, cara. Você abriu uma janela aqui. A igreja diz ‘ah, eu estou orando’, mas talvez a gente não está orando na fé, na intensidade da fé. Falta essas orações em precatórias dos salmistas: ’Senhor, mata meus inimigos, quebra os dentes dos meus inimigos’. Falta a gente orar assim: ‘Senhor, arrebenta a mandíbula do Lula’, ‘Senhor, prostra enfermos os ministros do STF para que eles te conheçam no leito de enfermidade’”, disse o pastor.
No vídeo, é possível ouvir Nikolas rindo no momento em que o líder religioso fala sobre o presidente.
Em outro trecho da conversa, o deputado afirma que pessoas pedem para ele “pegar um pouco mais leve”.
“Como que eu pego leve com Golias, irmão? Eu não vou chamar ele para tomar uma xícara de café não. Eu vou pegar tudo que eu tenho e eu vou dar na cabeça dele. Vou falar: ’irmão, vou arrancar sua cabeça e vou mostrar para todo mundo que você é meu inimigo’. Então, eu acho que isso que a gente precisa ter de mostrar isso para as pessoas com o coração fervoroso”, disse.
A transmissão do podcast ocorreu no dia 17 de maio. O canal do YouTube do pastor mostra que o vídeo tinha, até última consulta feita pela reportagem do Estadão, 101 mil visualizações.
*Com informações do Estadão