Brasília – Após 3 horas e meia de depoimento do procurador Julio Marcelo de Oliveira, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, interrompeu a sessão do julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff para um intervalo. Os senadores retornarão ao plenário às 19h para dar continuidade ao depoimento.
Julio Marcelo, que é procurador do Ministério Público junto ao TCU, foi declarado suspeito e não pôde depor como testemunha. A defesa alegou que o procurador é um militante a favor do impeachment e, por ser membro do Ministério Público, não poderia emitir opinião política. A questão foi acatada por Lewandowski, que permitiu que o procurador fosse ouvido apenas como informante. Na prática, seu depoimento não vale como prova no processo.
Até o momento, 19 dos 30 senadores inscritos já questionaram o informante. A média de tempo de cada questionamento é de 12 minutos, já que existe a possibilidade de resposta, réplica e tréplica. É previsto que o depoimento se encerre por volta das 21h30. Como os senadores fazem questões de ordem ao longo do depoimento, esse tempo pode ser alongado.
Ainda não está definido se a segunda testemunha da acusação será ouvida ainda nessa quinta-feira. Os senadores, em conjunto com Lewandowski, decidirão se a sessão irá ou não entrar pela madrugada.
Brasília (Agência Brasil)
Manhã
O primeiro dia de julgamento, que deve terminar na madrugada de quarta-feira (31), teve a manhã inteira dedicada a questões de ordem apresentadas pelos defensores do mandato de Dilma Rousseff. O grupo reapresentou dez questões de ordem, entre elas a que pedia a suspensão do julgamento de Dilma e a que questionava o trabalho do relator da comissão especial do impeachment, senador Antonio Anastasia. Todas foram indeferidas por Lewandowski.
A presidenta Dilma foi afastada da Presidência da República em maio, após a aprovação da admissibilidade do processo de impeachment na Casa, e será condenada caso 54 dos 81 senadores considerarem que ela é culpada.
Dilma Rousseff é acusada de ter editado três decretos de suplementação orçamentária sem o aval do Congresso e de ter cometido as chamadas pedaladas fiscais, ao atrasar o pagamento de repasses pela União ao Plano Safra, do Banco do Brasil.
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