Política

Após eleição, Coser pretende fortalecer PT no interior do Estado

Ex-prefeito de Vitória foi eleito para presidência estadual do partido no último fim de semana. Ele promete se alinhar com os movimentos sociais e fortalecer palanque para Lula no ES

Após eleição, Coser pretende fortalecer PT no interior do Estado
Coser será o presidente do PT pelo próximo biênio Foto: Everton Nunes

Fortalecer o partido no interior, voltar a se alinhar com os movimentos sociais e fortalecer o palanque no Espírito Santo para a candidatura do ex-presidente Lula no próximo ano. Esses são os principais objetivos de João Coser, ex-prefeito de Vitória e eleito como novo presidente do Partido dos Trabalhadores (PT).

A confirmação da eleição de Coser aconteceu no último fim de semana, em Congresso Estadual do partido, quando ele foi escolhido como presidente estadual por 128 dos 250 delegados inscritos. Os outros 122 votos foram direcionados para o deputado federal Givaldo Vieira – tido como favorito para assumir o cargo antes das eleições.

O novo presidente, que também tinha sido eleito nas últimas eleições, mas havia deixado o comando com Genivaldo Lievore para assumir cargo de secretário, ficará no cargo durante o próximo biênio, até maio de 2019.

“Durante as eleições, o partido analisou que precisva fazer um movimento mais a esquerda, junto aos movimentos sociais e nós seguiremos esse pensamento. Temos também o objetivo de fortalecer o partido no interior, através de suas setoriais”, revelou Coser, que revelou que a sigla ainda não discutiu nomes para a disputa ao governo estadual em 2018.

“Isso ainda não foi discutido, não teve nenhum debate sobre nove para o Governo do Estado. Vamos conversar sobre isso depois da posse do novo diretório, que será em junho, depois do Congresso Nacional”.

Saída do governo

Uma das grandes diferenças entre os dois candidatos durante o processo eleitoral da sigla era a definição sobre a permanência ou saída do PT do governo Paulo Hartung.

Enquanto o grupo político de Coser dizia que só tomaria uma decisão após as eleições, e caso ganhassem, Givaldo tinha como uma de suas principais propostas a saída do partido da base governista.

Mesmo derrotado nas urnas, o deputado conseguiu (junto com o voto da maioria do diretório) que o rompimento com o governo Hartung fosse realizado.

“Durante o congresso, foi deliberado por dois votos de diferença que o partido saia do governo estadual e de todos os outros governos municipais comandados por partidos que participaram do impeachment da presidenta Dilma”, frisou Coser.

Givaldo

Recuperar o contato com Givaldo, ainda mais estremecido por conta desse processo eleitoral turbulento, não parece ser uma das prioridades do novo presidente.

Questionado se procuraria Givaldo para uma conversa, Coser foi categórico: “Eu não vou conversar com pessoas, vou conversar com todos os dirigentes, vamos fazer um encontro para discutir o cenário político”, finalizou.