Política

Após exames, médicos descartam cirurgia de emergência em Bolsonaro

Presidente permanecerá internado para tratamento clínico conservador, segundo boletim médico do hospital para onde ele foi transferido, em São Paulo

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro não precisará ser submetido a uma cirurgia de emergência, após ser diagnosticado com uma obstrução intestinal nesta quarta-feira (14). 

Durante o dia, o presidente passou por exames clínicos, laboratoriais e de imagem, no hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Ele permanecerá internado para tratamento clínico conservador, segundo boletim médico do hospital.

“O Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, foi transferido na noite desta quarta-feira para o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, após passar por uma avaliação no Hospital das Forças Armadas, em Brasília, e ser diagnosticado com um quadro de suboclusão intestinal. Após avaliações clínica, laboratoriais e de imagem realizadas, o Presidente permanecerá internado inicialmente em tratamento clínico conservador”, informa o boletim.

Bolsonaro passou mal durante a madrugada desta quarta-feira. Após sentir dores abdominais, ele foi internado no hospital Hospital das Forças Armadas, em Brasília. Em seguida, o presidente foi levado a São Paulo para realizar mais exames e avaliar necessidade de cirurgia no local.

Bolsonaro está acompanhado pelo médico cirurgião Antônio Macedo, responsável pelas cirurgias no abdômen do presidente decorrentes do atentado ocorrido em Juiz de Fora (MG), durante a campanha eleitoral.

O chefe do Executivo vinha se queixando de uma crise de soluços desde a semana passada. Na live da última quinta-feira (8), pediu desculpas, disse que estava com os sintomas há mais de uma semana e que talvez não consiga se expressar de forma adequada.

Bolsonaro passou por algumas cirurgias em decorrência da facada da qual foi vítima, em 2018. Nas redes sociais, o presidente voltou a politizar o assunto e disse que a nova internação é em decorrência da “tentativa de assassinato” que buscava “impedir a vitória de milhões de brasileiros que queriam mudanças para o Brasil”.

Uma nota divulgada à noite pela a equipe médica informa que o presidente permaneceria em intenso “tratamento clínico conservador”, inicialmente sem a necessidade de cirurgia. O comunicado informou, ainda, que o presidente já havia feito “avaliações clínicas, laboratoriais e de imagem” na capital paulista.

O médico Antônio Luiz Macedo, que foi responsável por operar o presidente no fim de 2018 – quando Bolsonaro foi atingido por uma facada, durante sua campanha eleitoral -, decidiu pela transferência para a capital paulista após analisar o quadro clínico de Bolsonaro.

“Toda situação de obstrução intestinal tem sua gravidade. Ele vai ser acompanhado de perto, sobretudo com exame clínico, que é o mais importante nessa situação”, afirmou Macedo, em entrevista à Rádio Jovem Pan. “Muitas vezes com jejum, hidratação e medicação o quadro reverte sem a necessidade de cirurgia.”

Pela manhã, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência informou que Bolsonaro seria submetido em São Paulo a novos exames para avaliar a necessidade de uma cirurgia “de emergência”. Macedo não quis prever, porém, quando Bolsonaro poderá retornar às atividades. “Se ele for operado, sempre vai ter um pós-operatório de uns cinco dias, uma semana, para ele se recuperar totalmente e voltar para o trabalho depois de uns 10, 15 dias. Se ele não for operado, a recuperação deve ser mais simples e mais tranquila.”

Com informações do portal R7