Política

Avião com R$ 116 mil apreendido pela PF pode ter abastecido campanha do PT em Vitória

A suspeita é de que avião estaria abastecendo campanhas ligadas ao PT também no Espírito Santo. Além disso, teriam sido registrados voos para municípios mineiros

O empresário  Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, teria ligações com o PT Foto: Estadão Conteúdo

Uma publicação do jornal Correio Braziliense, da última sexta-feira (10), aponta que o avião apreendido em Brasília pela Polícia Federal com R$ 116 mil em espécie, que transportava o empresário ligado ao PT Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, e o ex-assessor do Ministério das Cidades Marcier Trombiere, que prestaram serviços para a campanha de Fernando Pimentel (PT), também teria realizado viagens a Vitória.

A suspeita é de que avião estaria abastecendo campanhas ligadas ao PT também no Espírito Santo. Além disso, teriam sido registrados voos para os municípios de Montes Claros, Patos de Minas, Curvelo e Juiz de Fora. A aeronave também  esteve em Goiânia e no Rio de Janeiro.

Segundo a publicação, o turboélice de prefixo PR-PGE está registrado em nome da empresa Bridge Participações S.A., fundada em 2011, com sede em Brasília, com apenas R$ 2 mil de capital social. 

A Coligação Minas Pra Você, liderada por Fernando Pimentel, informou ao jornal que o candidato não viajou na aeronave durante a campanha eleitoral. O Correio questionou se o petista já utilizou o avião antes do período eleitoral, no entanto, a assessoria de imprensa declarou que não havia como responder.

Ainda de acordo com o jornal, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar a origem do dinheiro apreendido. Ligado ao PT, Bené se envolveu na pré-campanha presidencial de 2010. Antes de ingressar na campanha de Pimentel, Trombiere, funcionário aposentado do Banco do Brasil, chefiava a comunicação do Ministério das Cidades. Os dois, outro passageiro, o piloto e o co-piloto da aeronave foram abordados por agentes da PF assim que aterrissaram em Brasília.

Procurado, o Partido dos Trabalhadores no Espírito Santo, por meio de sua assessoria, informou que não tem conhecimento algum sobre o avião mencionado na matéria do Correio Braziliense e repudia insinuações.