A maioria dos parlamentares do Espírito Santo no Congresso Nacional, incluindo aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), apoiam a derrubada do veto presidencial à distribuição de absorventes para mulheres de baixa renda.
No Senado, Rose de Freitas (MDB), Fabiano Contarato (Rede) e Marcos do Val (Podemos) vão votar contra o veto.
Já na Câmara dos Deputados, votam pela derrubada do veto Felipe Rigoni (PSB), Helder Salomão (PT), Ted Conti (PSB), Neucimar Fraga (PSD), Norma Ayub (DEM), Lauriete (PSC), Da Vitória (Cidadania) e Amaro Neto (Republicanos).
Os deputados , Evair de Melo (PP) e Soraya Manato (PSL) não responderam.
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Bolsonaro veta distribuição gratuita de absorventes a alunas de baixa renda
ENTENDA
O presidente Bolsonaro sancionou a lei que institui o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, entretanto, vetou os principais pontos da proposta aprovada pelos parlamentares.
Entre elas está a previsão de distribuição gratuita de absorventes higiênicos para estudantes carentes dos ensinos fundamental e médio, mulheres em situação de vulnerabilidade e presidiárias.
O programa tem o objetivo de combater a chamada precariedade menstrual, ou seja, a falta de acesso a produtos de higiene e a outros itens necessários ao período da menstruação. O presidente justificou que o texto não informa de onde sairá o dinheiro para custear a medida.
O veto foi alvo de críticas. Especialistas defendem que a falta de acesso a absorventes, além de poder provocar doenças crônicas, tira milhares de adolescentes das salas de aula. As críticas também vieram do Congresso.
Bolsonaro ironizou a repercussão negativa e disse que, caso o Congresso derrube sua decisão, vai tirar dinheiro da saúde e da educação para custear a iniciativa.
O Congresso pode decidir manter ou derrubar o veto do presidente. O prazo para essa avaliação é de 30 dias após a publicação da decisão no Diário Oficial.