O engenheiro Pedro Barusco afirmou em depoimento à CPI da Petrobras que estima que o PT deve ter recebido US$ 150 a US$ 200 milhões em propinas. Ele deixou claro, porém, que isso é uma estimativa, baseada nos recursos repassados ao tesoureiro do partido, João Vaccari. “Eu disse em depoimento que a quantia era essa porque eu acho que o Vaccari recebeu o dobro do que eu recebi”, disse.
Ele disse, porém, não ter condições de afirmar que o dinheiro foi efetivamente entregue ao partido por Vaccari.
Barusco repetiu informações que constam dos depoimentos que já prestou no processo de delação premiada junto à Justiça Federal. Ele ratificou à CPI que a propina paga pelas empresas contratadas pela Petrobras variava entre 1% e 2% dos valores dos contratos, e que esses recursos eram divididos da seguinte maneira: metade para o PT, por meio de João Vaccari, e metade para a “Casa”, como ele chama os diretores da Petrobras envolvidos no esquema. Ele menciona, entre estes, Renato Duque (ex-diretor da Petrobras) e, eventualmente, Jorge Luiz Zelada (ex-diretor da Área Internacional da Petrobras), e Roberto Gonçalves.