Política

Bolsonaro desafia CPI ao insistir na defesa da cloroquina e ganha apoio de parlamentares do ES

Na publicação, o presidente diz que as pessoas são livres para escolher com o seu médico qual a melhor maneira de se tratar: escolha e, por favor, não encha o saco de quem optou por uma linha diferente da sua, tá ok"?

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) escreveu nas redes sociais, nesta sexta-feira (07), uma resposta sobre tratamento precoce para quem ele chamou de “inquisidores da CPI”. Na publicação, o presidente diz que as pessoas são livres para escolher com o seu médico qual a melhor maneira de se tratar, e faz três pontuações sobre medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19. “Escolha e, por favor, não encha o saco de quem optou por uma linha diferente da sua, tá ok?”. 

O deputado estadual Capitão Assumção (Patriota) comentou na publicação do Presidente. “CPI dos políticos que querem ressuscitar a corrupção no Brasil. Não passam de bandidos”, escreveu. O parlamentar é um dois maiores defensores do Presidente no Espírito Santo. No início desta semana, Assumção publicou um vídeo em que Bolsonaro fala para fiéis durante um culto, em São Paulo, pelo viva-voz do celular. O ex-senador Magno Malta (PL), que também apoia Bolsonaro, é quem segura o telefone. Na ocasião, o Presidente criticou a abertura da CPI. 

“Tentam de tudo desde antes eu assumir a presidência. Nada conseguido, tudo destruído (…). Agora inventam uma CPI. Tenho certeza que essa CPI se voltará contra quem determinou sua abertura”, disse. 

Já o senador Marcos do Val (Podemos), que é da base bolsonarista no Senado, saiu em defesa da cloroquina durante as sessões da CPI da Covid, nesta semana. 

“É muito questionável quando fala da hidroxicloroquina, azitromicina, ivermectina. Remédios que não precisavam nem de receita nas farmácias, vendidos há mais de 50 anos e somente agora passaram a ser um problema (…). Todos os dias eu tomo vitamina D, vitamina C e finais de semana eu tomo uma hidroxicloroquina e uma ivermectina. Isso foi o médico que me receitou”, disse o senador em uma das ocasições. 

Logo em seguida o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), fez uma ressalva à fala do senador. “O senador Marcos do Val falou que toma uma medicação e disse, nacionalmente, qual é a medicação. Eu recomendo a quem está ouvindo, se for tomar qualquer medicação, por favor, procure um profissional médico.” “Viu, Marcos. Como você é referência, as pessoas podem utilizar sem saber”, disse o presidente.

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