Política

Bolsonaro descarta Maria Inês Fini, presidente do Inep, como ministra da Educação

A prova do Enem aplicada neste ano incluiu uma questão que gerou polêmica por abordar linguagem usada pelo público homossexual

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta segunda-feira (19) que existe um “marxismo” na educação brasileira que “entrava o Brasil”. “A educação desde há muito está aparelhada. Há um marxismo lá dentro que entrava o Brasil. Em 13 anos de (governo do) PT dobrou-se o gasto em educação e a educação foi lá pra baixo”, criticou Bolsonaro, durante entrevista.

“A prova do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) é bem clara no tocante a isso aí. A molecada não sabe fazer uma regra de três simples, interpretar um texto, então tem coisa errada”, criticou.

Bolsonaro descartou a possibilidade de a presidente do Inep (órgão do Ministério da Educação responsável inclusive pelo Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem), Maria Inês Fini, ser escolhida para ministra da Educação: “Pode esquecer. Essa não esteve à frente do Enem? Está fora, cartão vermelho”, disse o presidente eleito.

A prova do Enem aplicada neste ano incluiu uma questão que gerou polêmica por abordar linguagem usada pelo público homossexual. Depois disso, Bolsonaro já anunciou que a próxima prova, a ser aplicada em 2019, terá de ser submetida a pessoas do governo.

Banco

Bolsonaro falou com a imprensa nesta segunda-feira ao voltar de mais uma visita ao banco: “Eu saio por aí, sou um ser humano, de vez em quando dou uma saidinha. Fui ao banco, mas não fui ao caixa 2”, brincou.