O presidente da República, Jair Bolsonaro, e a comitiva brasileira que o acompanhou até Nova York para a abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) desembarcaram no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (22). A aeronave pousou na capital federal por volta das 7h. Do terminal, o presidente seguiu para o Palácio da Alvorada.
Bolsonaro foi aos Estados Unidos acompanhado de ministros e autoridades, entre eles o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, o ministro-chefe da Casa Civil, general Luiz Eduardo Ramos, os ministros do Meio Ambiente, Joaquim Leite, das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, do Turismo, Gilson Machado, e da Saúde, Marcelo Queiroga. Eles chegaram a Nova York na noite do domingo (19).
Queiroga também integrava a equipe, mas não voltou ao Brasil por testar positivo para Covid-19 na noite desta terça-feira (21). Ele terá de cumprir quarentena em Nova York por 14 dias antes de retornar.
Sem ter se vacinado contra a covid-19, o presidente brasileiro esteve proibido de frequentar estabelecimentos públicos fechados. Ele chegou a ser fotografado comendo uma pizza em pé, com parte da equipe que o acompanha.
Encontros
A primeira agenda oficial de Bolsonaro em solo norte-americano foi um encontro como o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson. Com o premiê britânico, foram debatidos assuntos ligados ao clima, segundo a comitiva brasileira. Bolsonaro apresentou dados que apontam uma redução do desmatamento na Amazônia em abril deste ano. Ele também teria questionado Johnson sobre a permanência do Brasil na lista vermelha para entrada no Reino Unido.
Bolsonaro também conversou com o presidente polonês, Andrzej Duda. O presidente teria ressaltado ao líder europeu que “muita coisa temos em comum, além do amor aos nossos países e o repúdio ao socialismo”. O brasileiro agradeceu o apoio polonês em organismos internacionais como na ONU e pediu apoio para a entrada do país na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a Polônia é membro desde 1994.
Discurso
Durante um discurso de 12 minutos na abertura da 76ª Assembleia Geral da ONU, o presidente Bolsonaro defendeu o tratamento precoce contra a covid-19 e se disse contrário ao passaporte sanitário da vacina, exigido em alguns estados brasileiros e alguns países do mundo, entre eles em locais dos Estados Unidos, onde Bolsonaro participou do encontro. O presidente brasileiro, no entanto, garantiu que, todos os brasileiros que quiserem, poderão ser vacinados até novembro.
Ao falar da covid, Bolsonaro fez uma defesa do tratamento precoce contra a doença e se referiu a ele mesmo como exemplo bem-sucedido da terapia. Ele teve a doença e disse ter tomado cloroquina e se curado com o medicamento, que comprovadamente não tem eficácia contra a covid. “A história e a ciência saberão responsabilizar a todos”, afirmou.
Bolsonaro também fez uma defesa das políticas de preservação ambiental de seu governo, dizendo que o Brasil é o país que mais preserva as suas florestas. “São 8,5 milhões de quilômetros quadrados, dos quais 66% são vegetação nativa, a mesma desde o seu descobrimento, em 1500. Somente no bioma amazônico, 84% da floresta está intacta, abrigando a maior biodiversidade do planeta. Lembro que a região amazônica equivale à área de toda a Europa Ocidental.”
O chefe do Executivo defendeu reforma do sistema de representação política da ONU, para que o Brasil tenha um assento permanente no Conselho de Segurança da entidade. No ano que vem o país volta a ter uma cadeira rotativa no Conselho.
Ao falar de economia, o presidente disse que “o Brasil vive novos tempos” e que tem um dos melhores desempenhos entre os países emergentes. “Meu governo recuperou a credibilidade externa e, hoje, se apresenta como um dos melhores destinos para investimentos.”
Com informações do Portal R7