Política

Bolsonaro diz que não vai depor sobre suposta fraude em cartão de vacinação

A Polícia Federal fez buscas na casa do ex-presidente na manhã desta quarta-feira, e prendeu o tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens

Foto: Alan Santos/ PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou à Polícia Federal que não vai prestar depoimento nesta quarta-feira (3), no âmbito da Operação Venire, que investiga a suposta adulteração de cartões de vacinação do ex-chefe do Executivo e de sua filha Laura. 

A decisão foi tomada em reunião com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, apurou o Estadão/Broadcast.

Com a condução coercitiva restrita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a Justiça pode pedir a prisão do ex-presidente para tentar garantir o depoimento, o que ainda não está no radar das autoridades.

A Polícia Federal fez buscas na casa do ex-presidente na manhã desta quarta-feira, e prendeu o tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, e outros assessores de Bolsonaro.

Os investigadores apreenderam o celular de Bolsonaro. Ao deixar sua casa na manhã desta quarta-feira, o ex-presidente reforçou que nem ele, nem sua filha Laura foram vacinados contra a covid-19.

 Ele se disse “surpreso” com a ofensiva e alegou “não existe adulteração de sua parte” e “que nunca lhe foi pedido cartão de vacina em lugar nenhum”.

Batizada de Venire, a operação cumpriu mais três mandados de prisão preventiva e vasculhou 16 endereços em Brasília e no Rio de Janeiro. 

As ordens foram expedidas no bojo do inquérito das milícias digitais, que tramita sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal (STF).