Política

Bolsonaro diz que aderir a isolamento total é 'caminho para o fracasso'

Declarações críticas aos estados provocaram reação do governador Renato Casagrande, que criticou fato de o Presidente "alimentar o enfrentamento"

Foto: Reprodução/ Twitter

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (14) que a possibilidade de os estados aderirem ao lockdown (isolamento total)  é “caminho para o fracasso”. O Presidente se referiu à imposição de medidas mais rígidas de isolamento social durante a pandemia do novo coronavírus.

“Não é esse o caminho. Esse é o caminho do fracasso, para quebrar o Brasil”, disse Bolsonaro para a imprensa na saída do Palácio da Alvorada. O Presidente também disse que o Brasil “está se tornando um país de pobres”.

O governador do Estado, Renato Casagrande (PSB) reagiu à fala do Presidente e se posicionou com uma mensagem no Twitter. “O diálogo sincero é o único caminho para, prioritariamente, preservarmos vidas e também empregos. Alimentar o enfrentamento, como tem feito o presidente Bolsonaro, dificulta ainda mais o trabalho durante esta pandemia”, escreveu Casagrande.

“As pessoas estão tirando os filhos da escola particular porque não tem como pagar. Vai chegar um ponto que o caos vai se fazer presente aqui. Pelo menos 38 milhões de informais já perderam quase tudo. Dessa forma, o preço serão centenas a mais de vidas que vamos perder”, argumentou Bolsonaro.

Nesta quinta, o Ministério Público do Rio sugeriu ao estado e à capital aderirem ao lockdown, com o fechamento de todas as atividades da economia não essenciais, para garantirem sucesso no combate ao novo coronavírus.

Bolsonaro comentou também o aumento no número de pedidos de brasileiros para pausar o crédito imobiliário na Caixa Econômica Federal,. “Ou seja, o pessoal não tem dinheiro para pagar a prestação da casa própria”, afirmou. “O elemento perdeu o emprego ou teve o salário reduzido e não teve como pagar a prestação da casa própria. O que tá sobrando de dinheiro para ele está sendo para a comida.”

O Presidente pediu para os governadores e prefeitos repensarem suas política em relação ao combate ao novo coronavírus. “Eu estou pronto para conversar. Tem que abrir. Nós vamos morrer de fome, a fome mata”, declarou. “Lá na frente vamos perder mais centenas de vida por causa dessa medida absurda de fechar tudo”.

Com informações do Portal R7