Política

Bolsonaro propõe pacto com Maia, Alcolumbre e Dias Toffoli por reformas

O presidente da República acredita que o trato com os líderes dos poderes legislativo e judiciário vai ajudar o Brasil 'ser uma grande nação'

Foto: Marcos/PR

Após as manifestações pró-governo que aconteceram em todo o Brasil no domingo (26), o presidente da República Jair Bolsonaro disse publicamente que pretende fazer um pacto com os líderes da Câmara dos Deputados, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF). O trato servirá para dar apoio às reformas da Previdência e tributária, principalmente, ambas já em discussões avançadas.

“Vou conversar com ele (Rodrigo Maia) durante essa semana novamente, bem como com o Davi Alcolumbre (presidente do Senado), como pretendo conversar novamente com o Dias Toffoli (presidente do STF), para a gente ter um pacto entre nós, para botar o Brasil novamente no destino que nossa população maravilhosa quer que o Brasil esteja. Nós temos tudo para ser uma grande nação”, afirmou Bolsonaro em entrevista ao Domingo Espetacular na TV Vitória/Record.

O pacto de Jair Bolsonaro é uma proposta para aproximação entre os poderes, algo que, segundo o presidente da República, não é um problema.

“Nós não estamos em litígio, deixo bem claro. Eu, Rodrigo Maia, Alcolumbre e o Dias Toffoli, né? Nós estamos em harmonia. Mas, eu acho que falta a gente conversar um pouco mais e a culpa é minha também, para que nós coloquemos na mesa o que nós temos que aprovar, o que nós temos também que revogar, porque tem muita legislação que atrapalha o crescimento do Brasil, para esse país chegar onde merece”, disse.

A respeito da reforma da Previdência, pauta avançada, Jair Bolsonaro analisa quanto tempo ainda tem para aprová-la e cumprir seu objetivo de destravar a economia. 

“Tem prazos regimentais para cumprir. Essa programação está muito bem feita no parlamento. Agora, mais do que cumprir essas etapas. No dia da votação, a gente espera que tenhamos 3/5 dos votos”, avaliou Bolsonaro, que fez questão de comentar a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre ir embora do Brasil caso não seja aprovada a reforma da Previdência:

“Se nós não enfrentarmos isso e rápido, o Brasil pode sucumbir economicamente, como até mesmo o Paulo Guedes falou há pouco que fica insustentável com nossa situação econômica, se nós não aprovarmos a reforma da Previdência. Daí fizeram até uma fofoca conosco, que ele teria falado que ele pode ir embora. Não é que ele pode ir embora, acho que se o Brasil realmente naufragar, acaba a função dele. Não tem mais o que fazer, vai administrar o que?”, completou.

Reforma tributária
A reforma tributária é um projeto do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) e a pauta ainda não foi discutida com o ministro Paulo Guedes, segundo o presidente. Apesar disso, ele rechaça a importância da proposta para o País.

“Eu não quero ter a paternidade de nada. Se alguém quiser ser o pai da criança, nada contra, vá ser o pai da criança. Nós queremos é que se destrave nossa economia. Menos burocracia, que o estado interfira menos nas decisões que a população tem que tomar, quero dar mais liberdade a todos”.