O presidente Jair Bolsonaro reiterou hoje (2) em encontro com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, a intenção de revogar a adesão do Brasil ao Pacto Global Sobre Migrações.
Bolsonaro já tinha falado sobre o tema em dezembro. O pacto foi aprovado em dezembro, mas países como Chile, Itália e Israel se retiraram do acordo. Os Estados Unidos se opuseram à ideia desde o início.
Durante o encontro, Pompeo afirmou o desejo de estreitar relações entre os dois países. Ele transmitiu a Bolsonaro a vontade do presidente norte-americano, Donald Trump, em visitar o Brasil, assim como de receber Bolsonaro em Washington. De acordo com Pompeo, Trump também quer aprofundar a cooperação com o Brasil em áreas como comércio, educação, segurança e defesa.
A Venezuela também foi tema do encontro. Crítico ferrenho do governo de Nicolás Maduro, Bolsonaro se mostrou preocupado com a situação no país vizinho e se comprometeu com a estabilidade da América do Sul. Já Pompeo pediu a Bolsonaro uma “cooperação ativa” na solução das questões envolvendo a Venezuela.
Pela manhã, Mike Pompeo se reuniu com Bolsonaro e o chanceler Ernesto Araújo quando reafirmaram a intenção de estreitar as relações entre Brasil e Estados Unidos, assim como analisaram a situação na Venezuela, Nicarágua e em Cuba.
O secretário de Estado destacou ainda a determinação de Estados Unidos e Brasil firmarem “estreita colaboração” para combater o crime transnacional e fortalecer os laços econômicos. Ele também agradeceu o profissionalismo da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília.
Hungria e China
Além de reunir-se com Pompeo e o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, no dia de hoje, Bolsonaro também conversou com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban e o vice-presidente do parlamento chinês, Ji Bingxuan. Orban destacou que as relações comerciais entre Brasil e Hungria podem ser muito benéficas para os dois países. Já Ji Bingxuan elogiou os discursos de posse de Bolsonaro, assim como também da primeira-dama, Michelle, que discursou em libras.
Bolsonaro afirmou o interesse em se relacionar comercialmente com a China, independentemente das mudanças no contexto político do Brasil e do cenário econômico mundial.