O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que ainda é cedo para dizer que há motivação política no tiroteio que obrigou a comitiva do candidato Tarcísio Gomes de Freitas a sair de Paraisópolis, na zona Sul de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (17). Bolsonaro afirmou que, mesmo assim, a segurança do candidato precisa ser reforçada.
“Eu recebi um telefonema do Tarcísio, algumas imagens também, tudo é preliminar ainda, então, eu não quero me antecipar, se foi uma ação contra a equipe dele, se foi uma ação isolada, se algum conflito já estava havendo na região. Então, seria prematuro eu falar sobre isso”, declarou Bolsonaro.
A declaração foi dada no Palácio do Alvorada durante pronunciamento ao lado do ex-senadores Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Agripino Maia (União-RN), que declararam apoio a ele contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno.
O presidente ressaltou que na semana passada houve tiros contra uma igreja, em Fortaleza, onde a primeira-dama Michelle e a senadora eleita Damares Alves (Republicanos) participariam de um ato religioso.
“O que eu sei é que há poucos dias teve uma ação de dois tiros numa igreja onde a primeira-dama se faria presente. O elemento foi preso, detido, confessou ser do Comando Vermelho e que os dois tiros foram para intimidar e evitar que muita gente comparecesse a esse evento da primeira-dama com a senhora Damares”, afirmou Bolsonaro.
“Então, isso está acontecendo, a gente lamenta, um caso já comprovado que tem a ver com questão política. O caso do Tarcísio, ainda não”, emendou.
Pelo Twitter, Tarcísio informou que ele e sua equipe estavam “bem” e haviam sido “atacados por criminosos”, sem dar detalhes. “O Tarcísio pode requerer aos órgãos competentes a segurança. Tenho conversado com ele sobre isso. Esse evento de hoje, sendo ou não contra ele, é um sinal de que ele deve se preocupar mais ainda com a sua segurança”, disse o presidente.
De acordo com o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, Tarcísio e sua equipe foram retirados do local sem ferimentos. “O Tarcísio de Freitas já foi evacuado, não sofreu nenhum ferimento, nem ele nem a equipe que estava com ele. Pelas notícias, o único apreendido, não se sabe se é menor ou não, foi um dos atiradores e não houve maiores ferimentos, maiores problemas com outras pessoas”, afirmou o ministro.
Bolsonaro e Heleno esclareceram, contudo, que o GSI não é responsável pela segurança do candidato ao governo de São Paulo. (COM BROADCAST)