O presidente Jair Bolsonaro recebeu alta médica e deixou o hospital Albert Einstein nesta quarta-feira, 13. Ele se dirige, em comboio presidencial, para o aeroporto de Congonhas, de onde viaja para Brasília, de acordo com informações do jornal O Estado de São Paulo.
Após 17 dias de internação, Bolsonaro acordou bem nesta quarta-feira, 13, se alimentou e, após bateria de exames com resultados positivos, foi liberado para deixar o hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Na quinta-feirada da semana passada, exames constataram pneumonia, mas houve evolução boa do quadro de sáude do presidente com uso de antibióticos. A equipe médica já havia informado de que ele teria alta nesta quarta.
Funcionamento do intestino
“Bolsonaro passou por um processo de reconstrução do trânsito intestinal e teve complicações, o que faz o caso dele ser diferente de um paciente comum. O intestino de Bolsonaro funcionará com um pedaço a menos. Talvez ele tenha quadros de diarreia, fezes pastosas e cólicas. Mas isso não pode ser contínuo. Se for, é necessário verificar. Assim como seria necessário voltar ao hospital também em caso de vômito e fortes dores abdominais.”
Questionado sobre os compromissos oficiais do presidente, Ricardo Portieri, especialista em cirurgias do aparelho digestivo, disse: “ele deveria ficar pelo menos mais uma semana em casa, em repouso. Ele teve muitas complicações, entre elas uma pneumonia. (…) Pode andar, falar, despachar de casa.”
Viagens
“Apesar dos aviões serem pressurizados, Bolsonaro passou por sete horas anestesiado (durante a cirurgia) e ficou entubado. Então, viagens longas são contraindicadas por até 30 dias neste período pós-operatório. Isto porque numa viagem longa, o paciente fica muito tempo parado e isso faz com que as chances de uma trombose ou de uma hipotensão sejam maiores.”
Aderências
“O fantasma da vida dele no futuro serão as possíveis aderências intestinais, ainda mais depois de três cirurgias. É muito raro no pós-operatório, mas pode acontecer no futuro e isso pode levar até à obstrução intestinal. Um dos cuidados que ele deve ter, como qualquer paciente neste caso, são com essas aderências ao longo do tempo. Geralmente, o tratamento é clínico, mas pode ser necessário uma nova cirurgia”, finalizou o médico.