Política

Discurso de Bolsonaro na ONU tem ataques a 'países socialistas' e críticas a interferências na Amazônia

Bolsonaro iniciou sua fala citando que assumiu um País que estava "à beira do socialismo", fortemente influenciado por Cuba e Venezuela, de acordo com ele

Foto: Reprodução/Record TV

Em um discurso de aproximadamente meia hora, o presidente Jair Bolsonaro fez sua estreia na Assembleia Geral da ONU sem começar seu pronunciamento focando na questão climática, principalmente no que tange a questão das queimadas na Amazônia. Bolsonaro iniciou sua fala citando que assumiu um País que estava “à beira do socialismo”, fortemente influenciado por Cuba e Venezuela, de acordo com ele.

“Lhes apresento um novo Brasil, que ressurge depois de estar à beira do socialismo” foi a frase escolhida pelo presidente para iniciar o discurso, logo depois dos agradecimentos a Deus por sua vida e de dizer que iria “restabelecer a verdade”.

Bolsonaro ainda mencionou que o Brasil não colabora mais com a ditadura cubana após o cancelamento do programa Mais Médicos, que visava a interiorização de médicos cubanos no País.

O presidente citou, ainda, a Venezuela como exemplo a não ser seguido pelo Brasil. “Outrora democrática, hoje nossos vizinhos venezuelanos experimentam a crueldade do socialismo” que, de acordo com ele, é mantido por agentes do regime cubano que controlam a sociedade local, acrescentando que a história mostra esses agentes infiltrados.

Sobre a situação na Venezuela, Bolsonaro ainda citou que o Brasil trabalha com os Estados Unidos para restabelecer a democracia em solo venezuelano. Finalizando o bloco sobre socialismo de sua fala, o presidente ainda afirmou que o Foro de São Paulo, “organização criminosa criada por Fidel (Castro, ex-presidente de Cuba), Lula (Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil) e Chávez (Hugo Chávez, ex-presidente da Venezuela)”, precisa ser combatido.

AMAZÔNIA

Durante o pronunciamento, ele também defendeu a soberania do país sobre a região amazônica e voltou a criticar o que chamou de sensacionalismo “instrumentalizado” para atacar o Brasil.

“Meu governo tem o compromisso solene com a preservação ambiental”, alegou Bolsonaro. Ele afirmou ainda que sua política é de “tolerância zero” contra qualquer crime contra a natureza e se disse favorável a aceitar ajudas externas para explorar os recursos nacionais.

Segundo Bolsonaro, a “Amazônia permanece praticamente intocada”. Ele citou que o aumento das queimadas na metade do ano é normal por causa do tempo seco e que muitas delas são feitas por índios e agricultores. Apesar dessas contestações, argumenta, os dados são usados de forma “instrumentalizada” para atacar o governo e pôr em dúvida a soberania nacional sobre os recursos naturais. “O ambientalismo ultrapassado representa o atraso a qualquer nação”, declarou.