O cadastramento biométrico foi realizado por 72% dos eleitores brasileiros até o dia 5 de setembro, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas alguns estados – os maiores colégios eleitorais – estão lentos em relação aos demais, que praticamente terminaram o processo. O prazo estipulado pelo TSE é 2022, mas em alguns municípios a biometria tem que ser feita antes, sob pena dos eleitores terem seus títulos cancelados, levando a problemas como impossibilidade de se tirar passaporte ou até a possibilidade de interrupção do recebimento do Bolsa Família.
Os dados divulgados pelo TSE mostram que os quatro estados onde o processo está mais lento são os da Região Sudeste: Minas Gerais, com 39,59%; Espírito Santo, 48,46%; Rio de Janeiro, 51,5%, e São Paulo, 58,18%. Os estados campeões são: Tocantins, com 99,95%; Piauí, 99,94%; Sergipe, 99,91%, e Roraima, 99,87%.
De forma geral, das 27 unidades da Federação, 15 ultrapassaram a faixa de 90% do eleitorado cadastrado biometricamente. O processo colhe as impressões digitais de todos os dedos, tornando praticamente impossível haver fraudes.
O projeto-piloto, realizado em 2008, envolveu pouco mais de 40 mil eleitores nos municípios de Colorado do Oeste (RO), São João Batista (SC) e Fátima do Sul (MS). Nas eleições de 2018, estavam aptos a votar 87,3 milhões de eleitores por meio da identificação biométrica, 59,3% do eleitorado total de 147,3 milhões, em 2.793 municípios, 48,65% do total de 5.570 cidades.
Como fazer
Para fazer o cadastramento biométrico o eleitor deve, prioritariamente, agendar pela internet, na página do TRE de seu estado. No Rio de Janeiro, por exemplo, a página possui uma faixa, logo no início, pedindo para clicar nela, para saber se será necessário fazer o cadastramento biométrico, pois muitos já tiveram seus dados importados do Detran e não necessitam refazer o processo.
Outra forma é ir diretamente à zona eleitoral próxima de sua residência, tentar atendimento por meio de senha ou por ordem de chegada. Os documentos necessários são carteira de identidade, número do CPF, comprovante de residência e o título eleitoral, que não é obrigatório, mas ajuda a localizar o cadastro do eleitor.
Na sede do TRE do Rio de Janeiro, há um cartório universal, que pode ser usado por qualquer eleitor do estado. Fica na Avenida Presidente Wilson, 194, no centro. O TSE pode ser consultado pelo site www.tse.jus.br e pelos telefones (61) 3030-8700 ou 0800-648-0005.