Política

Câmara de Vitória barra urgência para pedido de empréstimo de U$ 100 milhões

Segundo líder do governo, vereador Rogerinho, projeto deverá contemplar baía Noroeste da ilha. Oposição não gostou da forma como Executivo quis aprovar matéria e barrou urgência do projeto

Câmara de Vitória rejeita urgência em projeto que pede autorização de empréstimo Foto: Divulgação

A Câmara Municipal de Vitória rejeitou nesta terça-feira (22) o pedido de urgência para um projeto do Executivo para a contratação de um empréstimo de US$ 100 milhões junto ao Banco Mundial (BIRD), que permitirá o desenvolvimento de ações que irá beneficiar 60% da população da Capital.

Segundo o líder do governo, vereador Rogerinho (PHS), o projeto deverá contemplar a baía Noroeste da ilha. “O objetivo é realizar obras de melhoria em becos, calçadas, escadarias e demais acessibilidades na região da Grande Santo Antônio, Grande São Pedro e parte de Maruípe”, explicou o vereador.

E acrescentou: “Estas obras devem atender à demanda de 60% da população de Vitória. E a Prefeitura enviou um projeto com um pedido de autorização de empréstimo de US$ 100 milhões. Mas o projeto poderá utilizar menos que esse valor. Primeiro libera-se o empréstimo e depois executa as obras que poderá ficar em valor bem menor”.

A oposição não gostou da forma como o Executivo quis aprovar a matéria e barrou a urgência do projeto. O vereador Max da Mata (PSD) frisou que a maioria dos parlamentares votou contra a urgência e não contra o projeto em si.

“Não fomos contra o mérito do projeto. Fomos contra a discussão atropelada desse projeto. Imagine contrair um empréstimo de US$ 100 milhões. Há dois dias US$ 100 milhões representava R$ 390 milhões, hoje já representa R$ 410 milhões. Imagine se daqui a um mês o dólar subir para R$ 6. Seriam R$ 600 milhões”, defendeu o vereador.

Segundo Max, seria um risco muito grande para a cidade e um valor bem superior ao que a Prefeitura paga de empréstimo. “Atualmente, a Prefeitura paga um total de R$ 285 milhões em parcelas de empréstimos. Não seria prudente autorizar a Prefeitura adquirir um empréstimo dessa monta sem discutir com a população. Queremos mais tempo para discutir com a sociedade e também com a Prefeitura”, afirmou o vereador do PSD.