Motoristas e cobradores entregaram à presidência da Câmara de Vereadores de Vitória um projeto em que pedem à prefeitura da capital aporte financeiro para que as empresas paguem os custos do transporte público de Vitória. O presidente da Câmara, vereador Cleber Felix (DEM), recebeu os representantes dos Sindiroviários e disse que pedirá urgência na votação da proposta durante sessão ordinária virtual nesta quarta. O projeto deve entrar na ordem do dia da próxima sessão, prevista para esta quinta-feira (30), às 16 horas.
“Hoje entramos no terceiro dia de greve de motoristas e cobradores do sistema municipal de transporte de Vitória. A situação é muito triste. Com salários atrasando de forma recorrente ao longo dos últimos três anos, agora com a pandemia tudo ficou ainda pior: as empresas não estão dando nem previsão de quando eles irão receber os seus vencimentos, e muita gente já está com ameaça de despejo e sem nenhum alimento em casa”, disse o presidente da Câmara por meio das redes sociais.
“O Sindirodoviários já recebeu uma liminar que obriga todos a voltarem ao trabalho. Mas quem consegue sair de casa sem ter o mínimo de expectativa de quando terá dinheiro para levar alimentação básica para sua família?”, complementou o vereador.
Apesar da determinação da Justiça do Trabalho para que as empresas dos ônibus municipais de Vitória voltem a operar nas ruas, os motoristas e cobradores mantém a paralisação das três empresas que fazem parte do sistema. A manifestação começou na última quinta-feira (23).
O pedido de liminar para a volta da circulação partiu do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Espírito Santo (Setpes). A determinação conta com os seguintes termos: os empregados das empresas Viação Grande Vitória e Unimar Transportes, devem manter em circulação a integralidade, ou seja, 100% da frota programada para circular durante o período de pandemia do novo coronavírus, uma vez que já se encontra operando de forma reduzida.
Em relação aos empregados da empresa Viação Tabuazeiro, deverá ser mantido o percentual correspondente a 30% da frota programada para circular atualmente, também reduzida em razão da pandemia. Os veículos deverão circular com a integralidade de empregados necessários à plena operação das linhas de ônibus.
